A eleição do reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que começou hoje (10) e vai até às 20h de amanhã, vai tentar fazer valer a escolha da comunidade.
Os candidatos são os professores Andrea Waichman, Marco Antônio Mendonça e Sylvio Pulga, que concorre à reeleição e é tido como favorito.
Trata-se da criação de um dispositivo pelo conselho universitário (Consuni) que pode evitar surpresa nessa escolha por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
A estratégia é enviar ao Ministério da Educação (MEC) apenas os nomes da chapa eleita. Ao invés da tradicional lista tríplice dos candidatos melhores colocados na eleição para que Bolsonaro escolha o reitor de sua preferência.
Tal situação ocorreu em outras instituições federais, em que o reitor nomeado não foi aquele escolhido no voto.
Dessa maneira, acredita o conselho que afasta a intromissão de Bolsonaro no processo democrático e o risco de alguém rejeitado nas urnas ser agraciado com o cargo.
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Marco histórico
Para a comunidade acadêmica, esta eleição também pode significar um marco na história da Ufam e da democracia brasileira.
É que a votação vai ser 100% por meio eletrônico. A despeito do desejo de Bolsonaro, que defende voto no papel.
A mostra dessa experiência na Ufam não é pequena. Ela envolve um universo de 30 mil eleitores.
São professores, técnicos e alunos que, no caso, terão três alternativas para a escolha de reitor.
A presidente da comissão do pleito, professora Iolete Ribeiro, fez hoje o procedimento de zerésima das urnas virtuais para início da votação.
Representantes das chapas candidatas participaram do evento.
Segundo as regras eleitorais, a zerésima habilitou o sistema virtual para o início da coleta dos votos a partir das 9h de hoje.
Foto: Divulgação