O governo federal anunciou nesta quinta-feira (5) que o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) vai entrar com financiamento de para a implantação da usina termelétrica Azulão II, no município de Silves, no estado do Amazonas.
Com investimentos de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão de participação do fundo público, a usina térmica a gás terá capacidade para gerar 590 MW de energia.
O projeto foi apresentado pela empresa Sparta 300 SPE S.A, controlada pela Eneva – maior operadora privada de gás natural do Brasil e geradora integrada de energia.
Desse modo, o financiamento teve aprovação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que é vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
De acordo com o secretário de fundos e instrumentos financeiros do ministério, Eduardo Tavares, a implementação de uma usina movida a gás natural é mais um exemplo concreto do compromisso do governo federal com a agenda da transição energética.
“O FDA [Fundo de Desenvolvimento da Amazônia] é uma política transversal que se soma a uma série de iniciativas do governo federal empreendidas de Norte a Sul do Brasil para garantir geração de emprego e renda de forma inclusiva, com vistas à sustentabilidade e à resiliência climática”, afirma Tavares.
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Desenvolvimento socioambiental
Já o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, enfatiza que projeto da usina de Azulão II está alinhado à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), bem como ao Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), em relação à valorização social decorrente do investimento público.
“O gás natural exerce papel fundamental na transição energética à medida que o processamento desse combustível reduz drasticamente a emissão de gases de efeito estufa (GEE), comparado ao diesel e à gasolina. Portanto, o projeto da usina de Silves atende à questão econômica, mas leva em consideração a viabilidade socioambiental e o desenvolvimento humano das populações que habitam a região”, ressalta Paulo Rocha.
Azulão II
Com 100% da operação instalada na região Norte, desde a produção e extração de gás natural à geração de energia, o projeto Azulão II, da Eneva, integrará o Complexo Azulão 950.
Estima-se que 5.170 postos de trabalho sejam criados direta ou indiretamente em decorrência das obras do complexo.
De acordo com informações do agente operador do projeto, o recolhimento de tributos ao longo de toda a existência do projeto Azulão 950 será de até R$ 12,5 bilhões. Além disso, a exploração do gás natural viabilizará o pagamento de R$ 650 milhões de royalties.
Projetos sociais
Por outro lado, a Eneva, controladora da empresa requerente da concessão de crédito (Sparta 300), apoiará projetos sociais e ambientais em benefício da população amazonense, sobretudo, nos municípios de Silves e Itapiranga, no Amazonas.
Entre as iniciativas, tem um investimento de R$ 10 milhões na construção da escola de formação técnica em Silves. O espaço será integralmente administrado pelo Governo do Amazonas, por meio do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), autarquia pública vinculada à Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc). A inauguração escola técnica está marcada para a próxima terça-feira (10/9).
Há ainda outros projetos, que somam R$ 15,88 milhões, que a Eneva promete apoiar ou já está fazendo parcerias em Silves e Itapiranga. São eles:
• Floresta Viva (investimento de R$ 11 milhões);
• Projetos agroflorestais (R$ 2 milhões);
• Ensina Brasil (R$ 1 milhão);
• Elas Empreendedoras (R$ 700 mil);
• Projeto Dicara, com 1.200 jovens e adultos vulneráveis (R$ 600 mil);
• Olha o Curumim/educação de trânsito (R$ 480 mil)
• Semear/redução do analfabetismo (R$ 100 mil por ano);
• Implementação de hortas orgânicas em escolas públicas
• Programa de educação ambiental.
Foto: divulgação/Eneva