O deputado Roberto Cidade (PV) é o novo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). Ele foi eleito na tarde desta quinta (3), depois que o plenário da casa aprovou uma PEC para alterar a Constituição do estado por 15 votos a 4.
Foi essa mudança na Constituição que permitiu a antecipação da eleição, inicialmente prevista para o dia 17. Nesse dia, portanto, seria realizada a última sessão ordinária do ano.
Dessa maneira, proclamada sua vitória, por 16 a 8, Cidade, disse que se sentia honrado pelos pares. “Tive 16 votos de amigos. O parlamento decidiu dessa forma, respeitando os outros colegas”.
Além de Cidade, foram eleitos para a mesa diretora 2021-2022 o atual presidente Josué Neto (PRTB). Ele vai ser o primeiro vice-presidente, segundo na hierarquia da casa.
Os demais integrantes da chapa vencedora são Mayara Pinheiro (Progressistas), segunda vice-presidente; Adjuto Afonso (PDT), terceiro vice-presidente; Delegado Péricles (PSL), secretário-geral; Álvaro Campelo, primeiro secretário; Sinésio Campos (PT), segundo vice-secretário; Fausto Júnior (PRTB), terceiro vice-secretário; Felipe Souza (Patriota), ouvidor; e Therezinha Ruiz (PSDB), corregedora.
Conforme a eleição, essa chapa derrotou a que foi encabeçada por Belarmino Lins (Progressistas). Os demais membros foram Abdala Fraxe (Podemos); Cabo Maciel (PL); Saullo Vianna (PTB); Dr. Gomes (PSC); Joana Darc (PL) e Alessandra Campelo (MDB).
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Contestação
A realização do pleito antecipado, contudo, foi sob protesto da chapa derrotada. Atual vice-presidente da ALE, Alessandra Campelo (MDB) anunciou que vai mover ação na Justiça para invalidar a eleição.
Na mesma linha seguiram, portanto, os deputados Joana D’Arc (PL) e Belarmino.
“É um momento triste que haverá de macular a história do parlamento amazonense. Nos últimos 32 anos não se teve um momento tão crítico, em um processo interno do parlamento”, disse o deputado progressista.
Como resultado, Josué Neto saiu em defesa da decisão dos deputados. E afirmou ter segurança da legalidade da eleição e que, por isso, não teme o seu ajuizamento.
“Todas as vezes que atos da mesa foram ajuizados o Tribunal de Justiça do Amazonas reconheceu a certeza dos ritos aprovados pela casa”, disse.
Foto: Alberto César Araújo/ALE