Para aliados, demissão de coronel da Suframa foi prêmio de Bolsonaro

Suposto cargo que Bolsonaro daria ao coronel Menezes em outro órgão seria um prêmio e estímulo ao militar reservista

Coronel Menezes em live de Bolsonaro

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 03/06/2020 às 04:30 | Atualizado em: 02/06/2020 às 21:07

Diante da demissão ainda não publicada oficialmente do coronel Alfredo Menezes Júnior do comando da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), seus apoiadores se manifestaram hoje (2).

Ao BNC Amazonas disseram que Menezes e sua equipe, com vários coronéis, saem fortalecidos da autarquia.

Mais do que isso, possível indicação de Menezes para a Secretaria da Amazônia não é rebaixamento. É, para eles, uma espécie de estímulo e um prêmio à carreira do coronel.

E ainda veem outra vantagem na escolha do general Algacir Polsin para substituir Menezes. Trata-se, portanto, de mostra do prestígio militar junto ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

De acordo com eles, Polsin “entende muito de Amazônia”, de toda a parte operacional e vai tocar o trabalho com muita competência.

Por essas razões, dizem acreditar que toda a equipe de Menezes deixará a Suframa fortalecida.

 

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Pressão negada

De outra parte, esse grupo contesta a informação de que Menezes seria demitido por pressão de parlamentares do “centrão”, com participação de amazonenses.

Se assim fosse, dizem eles, o general Polsin, “um braço forte desse movimento”, não teria sido cogitado para o cargo.

“A tese mais tolerável é que essa troca de comando tem cara de promoção e de continuidade do trabalho na Suframa”, afirmam.

 

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Ainda em reuniões

A rotina do coronel na Suframa continua normalmente, conforme sua assessoria de imprensa disse ao BNC Amazonas. Nesta terça, inclusive, ele teria cumprido reuniões de trabalho, segundo a assessoria.

E como forma de dizer que tudo continua como antes na autarquia, Bolsonaro e seu ministro da Economia nada publicaram ainda da sua saída.

Conforme o jornalista Ronaldo Tiradentes, Menezes esteve em Brasília nos últimos dias tentando evitar ou postergar a demissão. Mas, foi vencido pela bancada federal, a quem ele confrontou nesse um ano no cargo.

De início, sua indicação para a Suframa foi tratada como técnica, porém logo isso por água abaixo com a militância do coronel no partido do compadre Bolsonaro.

 

Foto: Reprodução/Facebook