Wilson Lima flexibiliza decreto das restrições para comércio

Governador Wilson Lima muda decreto original e comércio não essencial no Amazonas terá novo horário de funcionamento a partir do dia 28

Comércio

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas*

Publicado em: 27/12/2020 às 07:16 | Atualizado em: 28/12/2020 às 22:01

A partir do dia 28, três dias antes das festas de fim de ano, o decreto de medidas restritivas do Amazonas contra o coronavírus (covid-19) terá nova roupagem. Após reunião com empresários e representantes do comércio de Manaus, no final da noite de ontem (26), o governador Wilson Lima (PSC) decidiu flexibilizar a atividade comercial não essencial.

Dessa maneira, o governo altera o previsto no decreto que começou a vigorar no dia seguinte ao Natal, e que determinava quarentena por 15 dias. Tal medida atingia, principalmente, shoppings e lojistas do comércio.

Por causa disso, sob alegação de que o fim de ano é quando mais faturam com as vendas, o decreto foi fortemente alvo de protestos nas ruas da capital.

Como resultado, Wilson resolveu chamar todos os interessados na questão para rediscutir as medidas em reunião que varou a madrugada de hoje (27).

Um novo decreto, contendo as concessões a partir de amanhã, deve ser publicado neste domingo. Nele vão constar, por exemplo, que o comércio não essencial poderá funcionar de 8 às 16h, de segunda a sexta-feira. 

Quanto ao final de semana, só por delivery (entrega em domicílio) e drive-thru (retirar na loja).

Além disso, bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e flutuantes podem abrir durante seis horas por dia, até às 22h.

Wilson, contudo, não cedeu aos promotores de festas e eventos. Dor de cabeça para a fiscalização das restrições, continuam proibidos.

 

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Contrapartida do capital

Para ceder nas mudanças do decreto primeiro, Wilson cobrou compromisso e participação de empresários e comerciantes por ação pela saúde da população. Além dos cuidados que devem ser tomados em favor dos funcionários do comércio.

Por exemplo, devem assumir todo o tratamento médico do empregado que for contaminado pelo coronavírus.

Em suma, o novo decreto vai valer agora até dia 11 de janeiro. 

 

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Vida x lucro

De acordo com o governador, o objetivo do decreto original com restrição ao que não é essencial é preservar a vida. O Amazonas vive momento crítico diante do recrudescimento das contaminações e mortes do coronavírus.

Neste dia de protestos contra o decreto do governo, por exemplo, foram registradas 9 mortes pela doença. Além disso, mais de duas centenas de pessoas contaminadas.

 

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Protesto em dia de mortes

Convém lembrar que esse boletim não traz informações sobre o coronavírus de 25 dos 62 municípios do Amazonas. Logo, o resultado pode ser ainda mais alarmante. Em todo o estado, oficialmente, há mais de 5 mil pessoas que morreram por causa da doença.

*Com informações da Secom/governo

 

Foto: Divulgação/Secom