O consórcio de governadores da Amazônia Legal convidou formalmente o Reino Unido para ingressar no Fundo da Amazônia. Este voltará a financiar projetos de desenvolvimento sustentável na região.
Criado em 2008, o fundo recebeu R$ 3,4 bilhões de doações de países como a Noruega e Alemanha.
Responsável por 90% das doações, a Noruega bloqueou os recursos após o governo de Jair Bolsonaro (PL) retirar representantes da sociedade do comitê orientador do fundo.
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a embaixada do Reino Unido informou que solicitou a análise formal do pedido de ingresso feito por ele e pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
Leia mais
Durante a Conferência do Clima da ONU (COP27), no Egito, houve uma reunião do Consórcio da Amazônia com os ministros britânicos do Clima, Graham Stuart, e do Meio Ambiente, Thérèse Coffey, para debater o assunto.
“Hoje o Fundo Amazônia, que foi atacado e suspenso pelo governo atual, tem como colaboradores a Noruega e Alemanha. A entrada do Reino Unido significa mais recursos para o desenvolvimento da nossa região”.
De acordo com Rodrigues, que integra a coordenação do grupo de transição de desenvolvimento regional do presidente eleito Lula da Silva (PT), nas conversas com os ministros britânicos, houve um interesse em reativar e ampliar os financiamentos do Fundo Amazônia.
Investimento
O Fundo Amazônia é um fundo que capta doações para serem investidas em ações voltadas à preservação e fiscalização da Amazônia. O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) é responsável por gerir a aplicação dos fundos.
O mecanismo financiou projetos, por exemplo, no Amazonas voltado à prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento.
Também foram investidos recursos no estado para promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma Amazônia, bem como de redução de emissões certificadas de Gases de Efeito Estufa.
Foto: Ibama