De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Alex Del Giglio, a previsão de crescimento na arrecadação para o mês de maio é de 50%.
Essa expectativa positiva se dá por conta da crescente alta na arrecadação nos últimos dois meses, março e abril que registrou a segunda consecutiva, a despeito da continuidade da pandemia da covid-19.
Mesmo com as quedas na receita tributária de janeiro (-1,89%) e fevereiro (-4,51%), meses de maiores restrições devido à segunda onda do novo coronavírus no estado, a arrecadação avançou em março (8,01%) e abril (22,93%).
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“Como em maio do ano passado tivemos a maior retração de toda a pandemia, com 20% a menos de receita tributária, neste ano estamos esperando uma alta nominal de cerca de 50% na arrecadação de impostos no mês de maio”, declarou o secretário da Sefaz.
As ações desenvolvidas pelo governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-AM ), para mitigar o avanço da crise econômica decorrida da pandemia, permitiram o avanço da arrecadação, mesmo com um cenário de aumento de gastos com pessoal, em especial nas áreas de saúde e segurança pública.
“A receita tributária em ascensão, a despeito da pandemia, é resultado sobretudo de ajustes tributários que foram feitos nos últimos dois anos de gestão, controles mais rígidos de ingresso de receita, aumento da segurança jurídica e microeconômica dos investidores locais”, acrescentou.
As ações implementadas pelo governo foram: maior controle de fiscalização, flexibilização de prazos e obrigações tributárias, ajustes tributários sem aumento da carga de impostos, além de fatores micro e macroeconômicos.
Na comparação quadrimestral, a alta em relação ao ano passado foi de 5,34%.
Indústria puxou alta
Segunda a Sefaz, a alta na arrecadação de tributos estaduais, em 2021, teve a indústria como principal indutora.
O setor industrial foi o único que acumulou sucessivas altas em relação ao ano passado.
Na comparação mês a mês, foram 23% de alta em janeiro, 4% em fevereiro, 17% em março e 36% em abril, acumulando um crescimento de 19% no primeiro quadrimestre.
O setor de comércio amargou quedas nos três primeiros meses do ano (-11% em janeiro, -16% em fevereiro e -1% em março) e se recuperou em abril (13%), sempre em comparação com o mesmo período de 2021
No acumulado do primeiro quadrimestre, o setor comercial apresentou decréscimo de -5%, mas a expectativa é de ampla recuperação, principalmente, com o grande movimento registrado nos centros comerciais por causa do dia das mães.
E o setor de serviços teve queda em janeiro (-6%) e altas em fevereiro (4%), março (7%) e abril (30%), com crescimento acumulado de 7% nos quatro primeiros meses do ano.
De acordo com o secretário executivo da Receita, Dario Paim, a alta na receita tributária puxada pela indústria se deve em especial ao aumento da demanda pela importação de insumos para a fabricação de eletroeletrônicos, grande destaque da indústria nestes tempos de maiores restrições sociais.
Foto: Divulgação/Sefaz-AM