Ao comentar a conclusão de inquérito da corregedoria da Polícia Federal (PF), o senador Omar Aziz (PSD-AM) mirou sua artilharia contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o criticando por divulgar informações de inquérito sigiloso.
No relatório da corregedoria, consta que o inquérito sobre os ataques de hackers aos sistemas de informática do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não corria em segredo de justiça, mas não poderia ser divulgado, uma vez que as investigações ainda estavam sendo concluídas.
A apuração foi aberta depois que o presidente propagou na rede social, em 4 de agosto, ao lado do deputado Filipe Barros (PSL-PR), informações distorcidas para alegar suposta fraudes nas eleições presidenciais.
Na época, o tribunal explicou que não houve qualquer risco às eleições e pediu investigação sobre o vazamento ao Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo mês, o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura do inquérito.
“A corregedoria da Superintendência da Polícia Federal constatou que o presidente violou o sigilo funcional ao divulgar na internet um inquérito sigiloso da instituição, na íntegra”, escreveu Aziz no Twitter.
Ele ainda lembrou que a CPI da covid, da qual foi presidente, foi um dos alvos principais de bolsonaristas que acusavam os integrantes do colegiado de vazarem informações sigilosas.
“Durante a CPI tentaram desqualificar nosso trabalho com fake news, piadas sem graça e até mesmo nos acusando de vazar documentos. Agora, o que vemos é que essa é a prática de quem mais nos atacou”, afirmou o senador do Amazonas.
“Estávamos só fazendo o nosso trabalho. E assim continuaremos, em busca de justiça pelas mais de 630 mil vidas brasileiras perdidas nesta pandemia”.
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Convocação de Queiroga
O senador ainda comentou sobre a convocação pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), do Senado, do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para esclarecer sobre o enfrentamento à covid-19, sobretudo em relação à vacinação infantil.
“A CPI cumpriu seu papel e avançou até onde poderia, entregando, ao seu final, o relatório para que outras instituições aprofundassem as investigações. Agora, nós senadores mantemos a vigilância e aprovamos a convocação do ministro da Saúde”.
Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado