Aziz diz que tomarĂ¡ ‘providĂªncias’ apĂ³s PF apurar vazamentos da CPI
Senador afirma que ficou surpreso com a investigaĂ§Ă£o da PF, pois, segundo ele, antes da CPI ter acesso aos vĂdeos, eles jĂ¡ circulavam publicamente

Publicado em: 05/08/2021 Ă s 09:30 | Atualizado em: 05/08/2021 Ă s 09:41
O presidente da CPI da covid (coronavĂrus), senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta quarta-feira (4), que irĂ¡ “tomar providĂªncias” em relaĂ§Ă£o a um inquĂ©rito a ser aberto pela PF sobre vazamentos de dados da comissĂ£o. De acordo com Aziz, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), serĂ¡ comunicado pela CPI sobre o caso. A publicaĂ§Ă£o Ă© do EstadĂ£o, republicada pelo NotĂcias ao Minuto.
Aziz se disse surpreso com a investigaĂ§Ă£o da PF, jĂ¡ que a CPI define o que Ă© sigiloso ou nĂ£o, e que mesmo antes da CPI ter acesso aos vĂdeos, eles jĂ¡ estavam sendo veiculados na imprensa.
“JĂ¡ era de conhecimento da imprensa, e atĂ© entĂ£o nĂ£o houve nenhum iniciativa da PolĂcia Federal de tentar investigar quem estava vazando de dentro da PolĂcia Federal”, disse.
Os depoimentos que teriam sido vazados faziam parte de duas investigações em andamento na PF, uma sobre suspeita de prevaricaĂ§Ă£o do presidente Jair Bolsonaro e outra sobre a compra da vacina Covaxin. As duas investigações foram enviadas pela PF Ă CPI, apĂ³s requerimento da comissĂ£o.Â
Aziz também reclamou dos constantes ataques que a CPI sofre e da estrutura que o colegiado recebe.
“EstĂ¡ sendo difĂcil trabalhar, a colaboraĂ§Ă£o Ă© muito pequena. NĂ£o pense que essa CPI estĂ¡ funcionando aqui com estrutura, com uma sĂ©rie de coisas para o que ela estĂ¡ mostrando pro Brasil, ela estĂ¡ trabalhando com uma estrutura mĂnima, e uma quantidade muito grande de documentos pra gente analisar”.Â
A notĂcia tambĂ©m impactou o vice-presidente do colegiado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que criticou a PF.
“A polĂcia federal manda para cĂ¡ depoimentos incompletos, depoimentos com suspeita de ediĂ§Ă£o”, argumentou, reclamando tambĂ©m da demora da polĂcia de abrir inquĂ©rito sobre o caso da Precisa Medicamentos.
Foto: Leopoldo Silva/AgĂªncia Senado