Bolsonaro dá as costas para a nação e o Congresso, diz senador Plínio

Plínio Valério

Publicado em: 17/05/2019 às 08:25 | Atualizado em: 17/05/2019 às 08:25

O senador Plínio Valério (PSDB)  enviou um duro recado ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante discurso nesta quinta-feira, dia 16.

“Chegou a hora de o governo federal deixar de governar de frente para a rede social e de costas para a nação e para o Congresso Nacional”, disse, comentando as manifestações dos estudantes em todo o país na quarta-feira, dia 15.

 

Leia mais 

Fernando Haddad comandará ato em defesa da Ufam em Manaus

 

Na opinião do parlamentar, os protestos vão além do corte de 30% das verbas nas universidades.

“Essa população que começou a ir à rua não está por causa dos 30% do corte da verba na educação; está por muito mais: pela falta de emprego; pela falta de dignidade do cidadão; pelo desrespeito no tratamento que o executivo está dando para todos nós, brasileiros e brasileiras que merecem respeito e, mais do que respeito, merecem dos homens públicos uma solução para os seus problemas”, argumentou.

 

A torto e a direito

Segundo ele, antes ter anunciado o corte era precisa fazer análise. “As universidades brasileiras são eficientes? São ou não são? Fazer uma análise. A universidade do Rio de Janeiro é eficiente? A do Amazonas, a do Pará, a de Roraima, a de Rondônia? Depois, sim, fazer o corte. Não foi feito isso e deu no que deu”, disse.

 

Leia mais

Plínio prevê novo “Caras-pintadas”, agora contra Bolsonaro

Outra situação infeliz, na avaliação do senador, foi a declaração do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni: “Cortar dinheiro, cortar essa verba da universidade é economizar para comprar um vestido novo”.

“Então, esse Governo está usando metáforas chulas, metáforas que não cabem para ser usadas e não podem sair da boca de quem tem o dever de respeitar o país e respeitar a nação. A gente sempre vai estar aqui a protestar contra tudo isso. Não se pode (…) E vou repetir para que fique umas duas, três vezes neste meu discurso: não se pode governar um país de frente para a rede social e de costas para o Congresso Nacional”.

 

*Com informações da assessoria de imprensa.