Em reunião de cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil tenta mostrar “ ações que temos tomado em favor da proteção da floresta amazônica e do bem-estar das populações indígenas” .
Conforme disse, seu governo trabalha para “desfazer opiniões distorcidas” sobre esses temas.
As declarações foram feitas hoje (2), em videoconferência com os presidentes Argentina, Paraguai e Uruguai, que formam o Mercosul.
Os fatos, contudo, contrariam a fala do presidente. As queimadas na Amazônia em junho, por exemplo, são recordes nos últimos treze anos.
Bolsonaro tentava, assim, defender acordos comerciais do Mercosul com outros blocos comerciais, como o de livre comércio com a União Europeia. Este foi concluído em 2019, depois de 20 anos de negociações, mas ainda não foi aprovado pelos parlamentares dos países envolvidos.
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Política ambiental é barreira
Dessa maneira, europeus apontam que a política ambiental de Bolsonaro é empecilho para a ratificação do acordo. Holandeses, por exemplo, aprovaram moção contra por causa do tratamento que o Brasil dá à região amazônica.
Conforme informou aos parceiros sul-americanos, Bolsonaro disse que vai seguir dialogando para mostrar que preserva a Amazônia e protege as populações indígenas.
Ele reconheceu que o Mercosul é o “principal veículo” para a inserção do Brasil no comércio mundial.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República