Um dos trunfos do senador Eduardo Braga (MDB) para ter a indicação do seu nome para concorrer pelo partido à presidência do Senado é o apoio do senador Renan Calheiros (MDB-AL). O alagoano é um dos nomes de grande influência na bancada de 13 parlamentares, a maior da Casa.
É dado como certo que o MDB terá um candidato com potencial de vitória, uma vez que a tradição histórica é que a maior bancada dispute o cargo.
Líder do partido na Casa, Braga disputa a indicação com mais três prováveis candidatos na sigla. São eles: Fernando Bezerra (PE), líder do governo; Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso; e Simone Tebet (MS). A senadora é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Nos bastidores, contudo, o presidente Jair Bolsonaro já conversou com aliados e sinalizou que teria preferência pela indicação de um dos seus líderes no Senado.
Por ter o apoio de Calheiros, o senador amazonense está sendo considerado um forte candidato. Entretanto, ninguém descarta que tanto ele quanto Renan podem abrir mão para ceder espaço para um dos líderes de Bolsonaro.
Nesse caso, alguns analistas dizem que isso não sairia barato para o governo. Conforme os especialistas, isso envolveria maior espaço político para dupla. Desse modo, exigiriam cargos e emendas parlamentares.
Outros candidatos
No tabuleiro da disputa, outros nomes estão sendo cotados como o do senador Antonio Anastasia (MG) do PSD de Omar Aziz. O partido tem a segunda bancada na Casa com 12 senadores.
O PSD estaria trabalhando, nesse sentido, para obter apoio a Anastasia do grupo de senadores do “Muda Senado”. Ao mesmo tempo busca apoio também do senador tucano Tasso Jereissati (CE), outro nome lançado.
Aliás, o nome de Jereissati é defendido com entusiasmo pelo seu correligionário amazonense Plínio Valério .
“Não está cedo nem tarde para trabalharmos o nome de Tasso Jereissati para a presidência do Senado. Nós do PSDB temos 30 dias para mostrar quem é o melhor nome nesse momento para aglutinar os apoios necessários nesse processo de sucessão no Senado”, escreveu Plínio no Twitter.
Foto: Moreira Mariz/Agência Senado