Em ação no TRE-AM, Braga assume condição de candidato em 2022

Em ação que deu entrada na semana passada no TRE-AM, o senador Eduardo Braga (MDB) registra, formalmente, sua pretensão de disputar as eleições do ano que vem.

No processo, ele não deixa claro o cargo. Mas, no meio político, é corrente que ele se movimenta para tentar disputar o governo do Amazonas.

Nessa ação, o senador ataca a Federação Nacional dos Urbanitários.

A entidade patrocinou campanha contra deputados e senadores do Amazonas que votaram a favor da Medida Provisória nº 1031, que privatiza a Eletrobras.

A peça traz os nomes dos deputados federais Marcelo Ramos (PL), Delegado Pablo (PSL), Capitão Alberto Neto (Republicanos), Silas Câmara (Republicanos), Átila Lins (PP) e Bosco Saraiva (Solidariedade).

Traz também as imagens dos senadores Omar Aziz (PSD) e de Eduardo Braga. E diz ao lado: “Dê o troco em 2022”, completa a frase maior, que diz: “Quando sua conta de luz aumentar, lembre-se de quem votou contra o povo do Amazonas”.

Braga entendeu que o outdoor desabona sua imagem e que resta “clara a intenção do representado (a federação) em ofender à sua honra, em notória ofensa à lei eleitoral”.

Logo em seguida, a petição mostra a intenção de Braga em se candidatar, quando diz:

“Os representados proliferam mensagens que logram alcançar o inconsciente do eleitor, ao antecipar estado mental desfavorável para potencial candidato ou partido, em flagrante banalização do processo democrático”.

E acrescenta:

“A situação em comento, como propaganda negativa antecipada, não só vicia a vontade do eleitor, mas também traz em seu bojo um desequilíbrio entre os prováveis candidatos”.

Em outra parte, a defesa de Braga faz afirmação da condição de candidatura do senador.

“Com a divulgação da mencionada matéria, o representado busca na verdade atribuir uma imagem negativa ao candidato”.

Liminar

No processo, com urgência, o senador Eduardo Braga pede a imediata retirada dos outdoors das ruas, sob ameaça de multa de R$ 10 mil por descumprimento e mais condenação de R$ 25 mil por propaganda irregular.

Foto: Divulgação/Agência Senado