Na primeira reação mais contundente sobre a citação do seu nome na operação Lava Jato, como decorrência da delação de executivos da construtora Odebrecht, o senador Eduardo Braga (PMDB) divulgou um post em forma de nota na sua página no Facebook, na tarde desta segunda-feira, dia 17, em que atribui ao seu sucessor no Governo do Estado, o atual senador Omar Aziz (PSD), a responsabilidade pela assinatura de aditivos que quase dobraram o valor na construção da ponte sobre o rio Negro, batizada recentemente de ponte Jornalista Phelippe Daou. Sua inauguração foi em 2011.
Acusado por ex-executivo da Odebrecht de ter recebido R$ 1 milhão em propina no projeto da ponte enquanto era governador do Amazonas (2003 a abril de 2010), Braga afirma que deixou o governo com a metade da obra paga (48%), e 90% da construção pronta.
E que não assinou nenhum aditivo desde que firmou o contrato com a construtora da ponte (Camargo Corrêa), em 2007.
Para Braga, o que está em investigação pela Lava Jato são justamente esses aditivos.
Veja a nota, na íntegra:
A verdade dos fatos
Com relação à citação do meu nome pelo ex-executivo da construtora Odebrecht, Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, cabe restabelecer a verdade dos fatos:
Em 2007, enquanto governador do Estado do Amazonas, assinamos o contrato para a construção da ponte sobre o rio Negro no valor de R$ 574.826.098,12. Vale lembrar que, em abril de 2010, quando entreguei o comando do Governo do Estado para disputar uma vaga ao Senado Federal, 48% do valor original da ponte estava pago, com a obra em pleno andamento, sendo que 90% da construção já estavam prontas.
No dia 11 de junho de 2010, o Diário Oficial do Estado publicou o Termo Aditivo ao contrato da Ponte Rio Negro, elevando o valor de R$ 574.826.098,12 para R$ 811.880.335,64. Cabe esclarecer que esse aditivo não foi concedido durante o meu mandato de governador, pois já havia entregue o cargo para disputar a eleição para o Senado da República.
Outros aditivos vieram ao longo dos anos até que, em 24 de outubro 2011, a ponte que liga Manaus ao município de Iranduba foi entregue à população com o valor final de R$ 1,1 bilhão. Repito que, ao longo dos anos de construção da ponte, não assinei qualquer aditivo que hoje é alvo de investigação da Procuradoria Geral da República.
Quero deixar claro que me ponho à disposição da Justiça para todo e qualquer esclarecimento sobre o assunto, com o propósito de ajudar nas investigações e apresentar a verdade dos fatos para a nossa população.
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Foto: BNC