São apenas cinco entre 81 senadores que têm familiares como suplentes, a exemplo do que acontece com Chico Rodrigues (DEM-RR), o que enfiou mais de R$ 30 mil na cueca. Entre eles, o senador Eduardo Braga , do MDB do Amazonas.
O posto de reserva ganhou notoriedade depois que Rodrigues pediu licença após ser flagrado em atitude vexatória. Além de não ser preso ou levado à Comissão de Ética, ainda ganhou licença e deixou o mandato em casa, nas mãos do filho.
Conforme diz a lei, o suplente é beneficiado com todos os direitos do titular. Ou seja, salário, ajuda de custo, estrutura de gabinete com servidores, carro oficial, plano de saúde, casa, auxílio-moradia e tudo mais.
Dessa maneira, tudo permitido pela lei, isso também pode acontecer com Braga e outros. Como, por exemplo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Se tiver de se afastar do mandato, quem assume é seu irmão.
Quando o suplente não é membro da própria família, parlamentares geralmente escolhem familiares de políticos aliados. Ou, em certos casos, afortunados que geralmente funcionam como patrocinadores de campanha.
Braga já teve o milionário empresário Lírio Parisotto como suplente. Em oito anos de mandato, o senador não deu nenhuma chance ao seu reserva.
Quem teve chance foi sua mulher, Sandra Braga . Ela, portanto, assumiu o posto no Senado em 2015 quando o titular foi chamado a ser ministro do governo de Dilma Rousseff (PT).
No atual mandato, da eleição de 2018, Sandra volta a ser a primeira suplente de Braga. Assim sendo, ela assume no caso de qualquer impedimento do marido por mais de 120 dias.
Além disso, o cargo fica com o suplente se o titular falecer, renunciar, perder o mandato ou se for preso por sentença da Justiça, por exemplo.
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Prática contestada
Sobre o senador de Roraima, a Polícia Federal, conforme informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele tinha ainda duas servidoras no gabinete que também eram contratadas em empresa do filho suplente.
Em síntese, ter um parente como suplente não é ilegal. Porém, já há movimentação no Senado para acabar com essa prática.
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Foto: BNC Amazonas