Cobrado pela CPI, Pacheco reage a militares e defende Senado e eleiĂ§Ă£o
Sem citar o nome do presidente ou de aliados, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o Congresso "nĂ£o admitirĂ¡ qualquer atentado" Ă sua independĂªncia

Publicado em: 09/07/2021 Ă s 17:45 | Atualizado em: 09/07/2021 Ă s 17:45
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reagiu hoje (9) a uma nota das Forças Armadas contra o presidente da CPI da covid, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Da mesma forma, Pacheco se posicionou contra as ameaças do presidente Jair Bolsonaro às eleições de 2022.
De acordo com o UOL, sem citar o nome do presidente ou de aliados, Pacheco afirmou que o Congresso “nĂ£o admitirĂ¡ qualquer atentado” Ă sua independĂªncia.
AlĂ©m disso, ele afirmou nĂ£o acreditar em possibilidade de fraude nas urnas, algo que o presidente vem repetindo sem apresentar provas.
“Quero aqui afirmar a independĂªncia do parlamento brasileiro. A independĂªncia do Congresso Nacional, composto por suas duas Casas, o Senado Federal e a CĂ¢mara dos Deputados, que nĂ£o admitirĂ¡ qualquer atentado a esta sua independĂªncia e, sobretudo, Ă s prerrogativas dos parlamentares: de palavras, opiniões e votos, que naturalmente devem ser resguardados em uma democracia”, disse Pacheco sobre o atrito com os militares.
Dessa maneira, o presidente do Senado disse considerar que o choque entre as instituições estĂ¡ “esclarecido, resolvido e encerrado”.
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Contudo, Pacheco avalia que a nota da Defesa “partiu da premissa equivocada” que que Aziz teria feito um ataque generalizado Ă s Forças Armadas, o que ambos os senadores garantem que nĂ£o aconteceu.
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Eleições
Assim tambĂ©m, sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, Pacheco tambĂ©m rechaçou “especulações” de que poderia nĂ£o haver eleições no ano que vem.
Nesse sentido, nos Ăºltimos dias, Bolsonaro tem subido o tom das crĂticas ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro LuĂs Roberto Barroso.
Bolsonaro afirmou que nĂ£o haverĂ¡ eleições no ano que vem se nĂ£o for adotado o sistema de impressĂ£o do voto na urna eletrĂ´nica, defendido por ele e seus apoiadores.
Quanto a isso, o presidente do Senado disse:
“Tudo quanto houver de especulações em relaĂ§Ă£o a algum retrocesso quanto Ă democracia, como a frustraĂ§Ă£o das eleições prĂ³ximas, vindouras, no ano de 2022, Ă© algo com que o Congresso Nacional, alĂ©m de nĂ£o concordar, repudia evidentemente”.
Em nota enviada hoje à imprensa, o TSE repudiou as declarações recentes de Bolsonaro.
A Corte reafirmou que nunca houve caso documentado de fraude nas urnas.
Conforme o tribunal, “o sistema nĂ£o sĂ³ Ă© Ăntegro como permitiu a alternĂ¢ncia no poder”, jĂ¡ que funciona desde 1996 e elegeu quatro presidentes.
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Foto: Rodrigo de SĂ¡/AgĂªncia Senado