Apesar de ter recebido muitos comentários favoráveis ao seu posicionamento em matéria publicada pelo BNC Amazonas , o deputado federal Bosco Saraiva (SD) foi duramente criticado pelo sociólogo comunista Lúcio Carril e outros simpatizantes dos postulados comunistas de Karl Marx e Friedrich Engels.
Em entrevista ao programa “Manhã de Notícias”, da Rede Tiradentes, na manhã desta segunda, dia 18, Saraiva afirmou ser favorável ao porte de arma pelo cidadão, como defende o governo federal. Mas, causou desagrado ao dizer que população desarmada é coisa de comunista.
“Quem desarma a população são os governos comunistas, que desarmam a população porque a população, na possibilidade de causar uma revolta, estará desarmada e, por isso, não se revolta”.
Carril reagiu dizendo que Saraiva “perdeu oportunidade de ficar com a boca fechada e não expor sua ignorância teórica”.
Para o sociólogo, o comunismo prega o fim do Estado e de suas forças armadas. E que defender que o cidadão se arme é incentivar a indústria capitalista da venda de armas de fogo.
Finalizando, Carril sugere que Saraiva estude porque “nunca é tarde para aprender”.
Leia a opinião de Bosco Saraiva e comentário e nota dos comunistas, abaixo:
O deputado Bosco Saraiva perdeu a oportunidade de ficar com a boca fechada e não expor sua ignorância teórica.
O comunismo, deputado, preconiza o fim do Estado e, por consequência, o fim das forças armadas enquanto braço deste Estado. Na Comuna de Paris foi assim.
É no capitalismo que a cultura da arma de impõe. Primeiro, para gerar lucro às grandes indústrias do armamento e, segundo, para manter nas relações humanas um resquício de perversidade e barbárie, cujo objetivo é o desprezo pelo ser humano e sua consequente transformação em coisa.
Deputado Bosco, é lamentável que um deputado federal fale tão grande tolice. Vá estudar, que nunca é tarde para aprender.
Lúcio Carril
O deputado perdeu a oportunidade de ficar calado, e não falar sandices. Mas como ele é muito simpático à caixa dois para as suas campanhas, é compreensiva a sua defesa, juntamente com a bancada da bala, a qual ele pertence, dos interesses da indústria de armas.
Ressalto que o assassino de Suzano, maior de idade, se tivesse a facilidade para a aquisição de armas, imposta pelo recente decreto, o massacre poderia ser maior. Lembro também que a arma usada pelo assassino-terrorista, de ultra-direita, da Nova Zelândia, portava uma arma legalizada. E, por conta disto, a Lei de Porte e Aquisição de Armas pode mudar naquele país.
Jadir Augusto Lula de Souza
Foto: BNC Amazonas e reprodução/Facebook de Lúcio Carril