Conselheiro cria mal-estar entre TCE-AM e futuro governo

Publicado em: 05/11/2018 Ă s 22:06 | Atualizado em: 05/11/2018 Ă s 22:06
Uma oferta feita nesta segunda-feira, dia 5, ao governador eleito Wilson Lima (PSC) pelo conselheiro Ari Moutinho JĂºnior, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), causou mal-estar e um embaraço futuro, caso a ideia seja colocada em prĂ¡tica.
Moutinho JĂºnior ofertou a Wilson as instalações da Escola de Contas PĂºblicas do TCE-AM para que ele instale ali o gabinete de transiĂ§Ă£o do governo.
Wilson nĂ£o contou conversa. Aceitou no ato.
Isso aconteceu no momento em que o governador eleito visitava a presidente do tribunal, Yara Lins, e conversava com os conselheiros da corte.
A proposta nĂ£o havia sido deliberada pelo colegiado.
Na hora os conselheiros evitaram expor o desconforto, mas deixaram a sala da presidĂªncia apontando o que chamaram de problema.
IndependĂªncia prejudicada
Segundo eles, a ideia do conselheiro Moutinho JĂºnior nĂ£o encontra abrigo no funcionamento independente dos poderes.
Para eles, ao sediar a transiĂ§Ă£o, o TCE-AM perde sua imparcialidade como Ă³rgĂ£o fiscalizador do Executivo e, particularmente, do futuro governo.
O pai e o filho
AlĂ©m do embaraço institucional, hĂ¡ outra questĂ£o que expõe ainda mais o TCE-AM: o futuro vice-governador, Carlos Alberto Almeida, Ă© filho do procurador do MinistĂ©rio PĂºblico de Contas (MPC) junto ao tribunal, Carlos Alberto Souza.
Nos bastidores do TCE-AM jĂ¡ hĂ¡ forte movimento no sentido de desfazer a situaĂ§Ă£o, que tambĂ©m que criaria mal-estar para Wilson.
Foto: ReproduĂ§Ă£o/Facebook de Wilson Lima