COP-30: Belém começa pelo esgoto a usar R$ 1,3 bi de Itaipu
O Pará inicia obras de revitalização em Belém com investimento de R$ 1,3 bi de Itaipu para preparar a cidade para a COP-30.

Diamantino Junior
Publicado em: 08/05/2024 às 12:27 | Atualizado em: 08/05/2024 às 12:59
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, e o diretor de Coordenação, Carlos Carboni, acompanharam nesta terça-feira (7), em Belém (PA), a assinatura da ordem de serviço para a revitalização do canal da avenida Visconde de Souza Franco e implantação do parque linear Doca.
A autorização para o início das obras foi dada pelo governador do Pará, Helder Barbalho, em cerimônia com a presença da presença da vice-governadora Hana Ghassan, representantes do governo federal, secretários de Estado, vereadores e outras autoridades.
A Nova Doca – como o empreendimento está sendo chamado – é uma das melhorias previstas para Belém no pacote de obras de R$ 1,3 bilhão anunciado segunda-feira (6), em Brasília, com recursos da Itaipu Binacional.
O objetivo, conforme o governo paraense, é preparar a cidade para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em 2025.
No convênio com o Governo do Estado estão programadas ações como a execução de 50 quilômetros de rede coletora de esgoto, 4,8 mil ligações de esgoto, pavimentação de vias de acesso à COP-30, implantação de vias marginais do canal Água Cristal, equipamentos de controle de tráfego, paisagismo e passarela metálica, entre outras.
A expectativa é que a Nova Doca se transforme em um novo cartão postal da capital paraense, abrigando quiosques para lanche, jardins de chuva, área para piquenique, espaço para eventos, espaço pet, playground, academia ao ar-livre, ciclovia e fonte interativa.
Barbalho disse que os investimentos no Pará, além de dar condições para que o estado sedie a COP-30, contribuem para a redução do desmatamento na Amazônia, com impacto positivo no meio ambiente de todo o país.
Ele lembrou também da contribuição do Pará no fornecimento de energia elétrica do país com a usina de Belo Monte.
“Hoje estamos resgatando uma reciprocidade federativa. Da mesma forma que um rio do Pará, o rio Xingu, produz energia e leva desenvolvimento para o Brasil, desta vez Itaipu traz desenvolvimento para a Amazônia. Agora cabe a nós fazer com que essas obras possam acontecer com a celeridade necessária, gerando emprego, renda, autoestima elevada, valorizando as regiões e preparando Belém para um novo tempo”.
Verri disse que os investimentos em Belém atendem as diretrizes do governo federal e são aderentes à missão institucional da Itaipu, que é “Gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai”.
Ademais, o diretor afirmou que o mundo hoje enfrenta problemas climáticos gigantescos, que exigem soluções urgentes.
“Prova disso é o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Por isso, um encontro como a COP-30 é determinante para a vida no planeta.”
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Mercado Ver-o-Peso
Ainda nesta terça-feira, Verri e Carlos Carboni, acompanhados de equipe da Itaipu, foram recebidos pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e fizeram uma visita técnica ao complexo Ver-o-Peso, símbolo da capital paraense e que abriga um dos mercados mais antigos do Brasil, e ao mercado municipal de São Brás, construção histórica localizada no centro da cidade.
No Ver-o-Peso, técnicos da prefeitura apresentaram aos diretores detalhes do projeto de reforma e revitalização e cronograma das obras.
No mercado São Brás, a direção da usina visitou o canteiro de obras e conversou com trabalhadores.
Além do Ver-o-Peso e do São Brás, o convênio da Binacional com a prefeitura também prevê investimentos para a implantação do parque urbano Igarapé São Joaquim.
Rodrigues disse que o encontro com os diretores e o corpo técnico de Itaipu foi importante para discutir os detalhes dos projetos, apresentar o que já foi feito e ajustar o cronograma.
Segundo o prefeito, com recursos garantidos será possível intensificar as obras. “Belém tem pressa e queremos entregar o quanto antes essas obras para que se tornem um legado para além da COP-30”.
Foto: Governo do Pará/Divulgação