O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), está no plano de trabalho inicial da CPI da covid. Ele seria o único do país chamado a depor, como testemunha.
E a razão é simples: foi na capital do Amazonas que ocorreu a maior crise de falta de oxigênio nos hospitais. Por essa razão, muitos pacientes de covid (coronavírus) morreram e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi acusado de omissão. Ele, com sua equipe em Manaus, teria sido avisado com antecedência que o colapso do produto ia chegar. E não agiu.
Além disso, Almeida foi alvo do assédio e pressão de Pazuello pelo uso do “tratamento precoce” nas UBS e rede pública da capital. Com o uso do Exército, o então “expert” em logística de Bolsonaro “desovou” grande carga de cloroquina em Manaus.
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App do ‘tratamento precoce’
Ademais, a CPI vai abordar também o app Tratecov. É aquele aplicativo criado pelo governo federal para estimular o uso de cloroquina e outros remédios do “kit covid”
Como resultado, Pazuello aparece como sugestão em três oitivas de testemunhas, incluindo o prefeito de Manaus.
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Mais R$ 2,6 bi a ministério
MP publicada na sexta (16) libera R$ 2,69 bilhões em crédito extraordinário ao Ministério da Saúde.
O anexo da MP 1.043/2021 informa que os recursos vão direto para o enfrentamento da emergência de saúde pública. Inclusive, para procedimentos da alta e média complexidade.
Segundo o governo, a verba vai custear leitos de UTI e a aquisição de medicamentos de intubação de pacientes.
Os créditos extraordinários são um dos três tipos de créditos adicionais que podem ser abertos ao orçamento.
São destinados ao atendimento de situações de urgência e não previstas, como guerra e calamidade pública.
Podem ser autorizados e abertos via medida provisória. Há também os créditos suplementares para reforço de uma dotação orçamentária já existente. Além disso, os créditos especiais, que visam atender uma necessidade não contemplada no orçamento.
Fonte: Agência Senado
Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom