Criminalização das pesquisas eleitorais: veja os votos do Amazonas

Três parlamentares do Amazonas, aliados do presidente Bolsonaro, votaram a favor da urgência para decidir o projeto

deputados plenário

Neuton Correa, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 18/10/2022 às 21:00 | Atualizado em: 19/10/2022 às 10:16

Dos 295 votos favoráveis para que o projeto de lei que criminaliza pesquisas eleitorais tramite em regime de urgência, três foram de parlamentares do Amazonas.

A urgência foi votada no início da noite desta terça-feira, na Câmara dos Deputados. A ideia, defendida pelo presidente Bolsonaro e seus aliados, é tornar crime a divulgação de pesquisas que não correspondam ao resultado das urnas.

Agora, o projeto, ou projetos, terão prioridade na votação de mérito no plenário da Casa.

Assim, com a urgência, do Amazonas, votaram os deputados Capitão Alberto Neto (PL), Delegado Pablo (UB) e Silas Câmara (Republicanos).

O Amazonas também deu três votos contrários ao pedido de urgência. Ofereceram resistência ao pedido de pressa, feito a pouco mais de uma semana do segundo turno, José Ricardo (PT), Marcelo Ramos e Átila Lins, ambos do PSD.

Dos oito membros da bancada, Bosco Saraiva (Solidariedade) e Sidney Leite (PSD) não votaram.

DeputadosPartidoVoto
Capitão Alberto NetoPLSIM
Delegado PabloUBSIM
Silas CâmaraRepublicanosSIM
José  RicardoPTNÃO
Marcelo RamosPSDNÃO
Átila Lins PSDNÃO
Bosco SaraivaSolidariedadeNÃO VOTARAM
Sidney LeitePSDNÃO VOTARAM

Debate em Plenário

No debate do requerimento em Plenário, o deputado Paulo Eduardo Martins (PL-PR) defendeu a aprovação de uma proposta que estabeleça “regras razoáveis” e que não seja “restritiva”.

Já o deputado Zé Neto (PT-BA) é contra o projeto. Ele defendeu a discussão do tema como parte de uma reforma eleitoral que deverá ser feita.

O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que seu partido vai apresentar um novo projeto sobre o tema. Ele disse que isso será feito no decorrer desta semana.

O deputado Rubens Bueno, autor do projeto, lembrou que a proposta foi aprovada há muitos anos na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). Ele ressaltou que o tema é alvo de muita discussão e que não é um texto a ser votado entre as disputas eleitorais.

Fonte: Agência Câmara de Notícias