O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), deputado David Almeida (PSB), se colocou à disposição do Ministério Público do Estado (MPE-AM), para prestar informações sobre os procedimentos adotados por meio do Plano Emergencial da Saúde , que tinha como objetivo, reduzir as filas para exames, consultas e cirurgias, durante o período em que esteve governador interino, de maio a outubro de 2017.
Em sua gestão interina, por meio da Secretaria de Saúde (Susam), David, como governador interino, contratou o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) por R$ 8,4 milhões para realização de 780 cirurgias eletivas durante 90 dias.
David se reuniu nesta quinta-feira, dia 19, com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Amazonas, Fábio Monteiro, e com o promotor Ronaldo Andrade, da 78ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção do Patrimônio Público, responsável pelo processo que apura as denúncias de sobrepreço da empresa contratada pelo Plano Emergencial, levadas ao MPE. David afirmou que não existiu sobrepreço e que a denunciante apresentou preço mais caro.
“É uma denúncia maldosa, infundada e criminosa. Estou me colocando à disposição do Ministério Público e da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, para esclarecer os procedimentos adotados pelo Plano Emergencial da Saúde e colaborar com toda a apuração da denúncia”, disse David.
Durante a reunião, o presidente da Aleam explicou ao procurador Fábio Monteiro e ao promotor de Justiça Ronaldo Andrade que, quando chegou ao governo do Amazonas, em maio do ano passado, encontrou uma demanda na Secretaria de Estado da Saúde (Susam), de mais de 7 mil procedimentos cirúrgicos que estavam pendentes, com casos de mais de cinco anos na fila de espera do sistema Sisreg.
Na denúncia, feita por um instituto que não ganhou a concorrência, afirmou que o Estado estaria pagando R$ 8,4 milhões por apenas 780 cirurgias. David explanou que, na época, o governo fez uma cotação com Unisol, FGV, Fiocruz, UEA, Prontocor, Hospital Santa Júlia e Hospital Adventista, e o Imed, que já trabalha no hospital Delphina Aziz, apresentou a menor proposta, de R$ 8,4 milhões, para 2.340 cirurgias, sendo 780 cirurgias por mês.
Segundo David, nos altos do processo da concorrência para o Plano Emergencial, que o instituto que denunciou, apresentou uma proposta de R$ 11,8 milhões, uma proposta quase 40% maior. “O valor de R$ 8,4 milhões contratados não foi apenas para 780 cirurgias. Eles fizeram isso para tumultuar. A contratação, inclusive não se limitou apenas para realização de cirurgias, mas também para funcionamento de dez leitos de UTI, dois andares de internação com 112 leitos, além de exames pré-operatórios”, explicou o ex-governador interino.
Foto: Divulgação/ALE-AM