Caso de cirurgias eletivas da gestão David segue investigado no MP-AM

A 78ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção do Patrimônio Público do Amazonas divulgou nesta segunda, dia 26, uma alteração no objeto de investigação aberta no ano passado sobre eventual improbidade administrativa e dano ao erário em contrato para cirurgias eletivas no governo interino do deputado David Almeida (PSB). Como presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), […]

26/03/2018 23:20

A 78ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção do Patrimônio Público do Amazonas divulgou nesta segunda, dia 26, uma alteração no objeto de investigação aberta no ano passado sobre eventual improbidade administrativa e dano ao erário em contrato para cirurgias eletivas no governo interino do deputado David Almeida (PSB).

Como presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), David foi governador interino do Amazonas de 9 de maio a 4 de outubro de 2017.

Nesse período, por meio da Secretaria de Saúde (Susam), o governo contratou em agosto o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed) por R$ 8,4 milhões para realização de 780 cirurgias eletivas durante 90 dias.

Isso era o que previa a portaria 756/2017, da Susam, que depois de publicada no diário oficial do estado e denunciada na Assembleia Legislativa (ALE-AM) por deputado da base aliada do então candidato Amazonino Mendes (PDT), sofreu correção do governo de que seriam realizadas 780 cirurgias a cada mês do período contratado.

De acordo com o Portal do Holanda, em matéria publicada neste dia 26, o Imed cumpriu menos da metade das cirurgias contratadas por R$ 8,4 milhões. Teriam sido realizadas apenas 1.030 procedimentos médicos.

São investigados no inquérito da promotoria, que agora ganha aditamento de portaria, o ex-titular da Susam Vander Alves, ex-secretária do Fundo Estadual de Saúde e donos do Imed.

A promotoria do patrimônio público é órgão do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Depois da posse de Amazonino no governo, em outubro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF/AM) também anunciou investigação sobre o caso.

Imed e Melo

O Imed já havia sido denunciado pelo Ministério Público de Contas (MPC) em 2016, depois que foi contratado pelo governo José Melo (Pros) por R$ 30,5 milhões para gerenciar o hospital Delphina Aziz, na zona norte de Manaus.

As cirurgias eletivas contratadas em 2017 eram para ser realizadas nesse mesmo hospital do estado.

Foto: Divulgação/Secom