Debate sem novidade não desperta ânimo para reviravolta

Publicado em: 26/10/2018 às 00:50 | Atualizado em: 26/10/2018 às 00:50
Por Neuton Corrêa, da Redação
O último debate de TV do segundo turno das eleições 2018 no Amazonas pode-se dizer que foi mais do mesmo. Como em eventos anteriores, o generoso espaço de uma hora e meia foi usado mais para ofensas e quase nada de propostas.
O programa não trouxe fatos novos, o que significa dizer, do ponto de vista de campanha, que o confronto não será capaz de produzir uma reviravolta para impactar o que já está consolidado até aqui.
Amazonino Mendes (PDT), candidato à reeleição, atrás nas pesquisas, insistiu na estratégia da desconstrução do adversário e repetiu o que já dizia de seu oponente duas semanas antes do primeiro turno, quando começou a observar que já estava sendo ultrapassado por Wilson Lima (PSC).
Para um efeito mais efetivo no eleitorado, o pedetista dependia apenas de si, mas insistiu no que é óbvio nestas eleições: o debate do velho contra o novo, do experiente versus inexperiente.
Em um dos momentos mais fortes do debate, o experiente Amazonino, que busca o quinto mandato no governo, chamou o oponente outsider de apedeuta, navegando no fio da navalha entre a sabedoria e a empáfia.
A estratégia pode estar correta, mas na contramão dos ares respirado no país, que mandou um radical recado de mudança desde o primeiro turno.
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Liderando com folga a corrida até hoje, Wilson precisava sair do confronto no 0 a 0, e pode ter alcançado seu objetivo, ainda que tenha sofrido alguns arranhões.
Mas, foi além. Topou o confronto, não poderá ser chamado de fujão e ainda levantou o tom da fala diante da maior liderança viva da história política do Amazonas.
E, tal qual Amazonino, no outro extremo, arriscou-se a transitar no limite da humildade e da inexperiência ao dizer que respeita a história de seu adversário.
A foto desde confronto está feita. O filme, porém, só será revelado no próximo domingo, a partir das 18h.
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Foto: BNC Amazonas/Reprodução TV