‘Prefiro pagar R$ 5 milhões a Giuliani que R$ 3 milhões ao ‘bolsa-bandido”

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 25/10/2018 às 23:21 | Atualizado em: 25/10/2018 às 23:22
A cada pergunta, uma resposta com farpas. Assim foi a mais de uma hora de debate entre os pretendentes à cadeira de governador do Amazonas na noite desta quinta, dia 25, na TV Amazonas/Globo.
No último bloco, de temas sorteados, Amazonino Mendes (PDT) e Wilson Lima (PSC) se digladiaram sobre meio ambiente, saúde, educação e segurança pública.
O destaque ficou por conta da contratação pelo Governo do Estado, no meio do ano, da consultoria internacional do ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani para estabelecer uma política de segurança pública.
Perguntado pelo oponente em que Giuliani contribuiu até agora, o governador respondeu que preferia pagar R$ 5 milhões para resolver os problemas de segurança do estado do que pagar R$ 3 milhões para indenizar familiares de presos mortos por outros detentos no primeiro dia de 2017.
A referência de Amazonino era ao vice de Wilson, que quando na função de defensor público do estado encampou luta para que a indenização individual de R$ 50 mil fosse pagada à família de cada preso assassinado. Na campanha, essa indenização foi batizada de “bolsa-bandido”.
“E ainda acham caro pagar cinco milhões de reais para a maior autoridade no combate ao narcotráfico”, disse o atual governador.
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Wilson fala em retomar obras da UEA
Quando o assunto sorteado foi UEA (Universidade do Estado do Amazonas), Amazonino quis saber o que Wilson faria com a instituição que foi criada por ele.
Em resposta, o candidato do PSC cutucou que a universidade está abandonada, e anunciou que vai retomar as obras paradas desde o início de 2017, no governo de José Melo (Pros). É o caso da Cidade Universitária, no município de Iranduba (a 28 quilômetros da capital), complexo para abrigar toda a estrutura da UEA, hoje espalhada na capital.
Foto: BNC Amazonas/Reprodução da TV