O presidente da CPI da covid (coronavírus), Omar Aziz (PSD-AM), decidiu adiar para amanhã, às 9h, o depoimento com a diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades, após ela alegar estar “exausta” para responder aos questionamentos dos senadores. A publicação é do O Antagonista.
A depoente disse aos parlamentares que poderia colaborar com as investigações, mas que não tinha condições de falar hoje e pediu para adiar seu depoimento.
Além dela, a CPI também pretende ouvir amanhã o proprietário da empresa, Francisco Maximiano —que foi beneficiado com um habeas corpus do STF e poderá ficar calado amanhã.
Emanuela Medrades obteve uma liminar no Supremo para não falar à CPI. Em sua decisão, o presidente do STF, Luiz Fux, permitiu que depoente ficasse em silêncio, não fosse obrigada a falar a verdade ou a produzir prova contra si. Fux, porém, foi claro ao obrigá-la a comparecer à sessão de hoje, como de fato ocorreu.
A diretora, entretanto, aproveitou o habeas corpus para ficar em silêncio no início de seu depoimento, ainda pela manhã. Isso irritou os integrantes da CPI. Aziz decidiu, então, suspender os trabalhos até obter uma nova manifestação do STF sobre o assunto.
Prisão
Após Emanuela Medrades se negar a responder às quatro primeiras perguntas do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Alessandro Vieira pediu a prisão da diretora da Precisa Medicamentos.
“O presidente do Supremo já deu o comando e o cansaço não é justificativa para não responder aos nossos questionamentos”, disse Vieira.
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado