O deputado Saullo Vianna (União Brasil) é o único parlamentar da bancada do Amazonas na Câmara que assinou a proposta de emenda à Constituição (PEC ) da deputada Erika Hilton (Psol-SP). A emenda acaba com a jornada de trabalho 6×1, ou seja, seis dias de trabalho com apenas um de folga.
No lugar, a deputada psolista propõe a escala 4×3, ou seja quatro dias de trabalho e três de folga, com jornada de 36 horas semanais.
Para iniciar a tramitação pela Câmara, ela precisa de 171 assinaturas. O assunto viralizou nas redes sociais e tem impulsionado a adesão à PEC.
“Decidimos subscrever a proposta da deputada Erika Hilton por entendemos que se trata de demanda antiga das entidades de classe dos trabalhadores”, disse o deputado amazonense.
Para ele, a ideia seria implementar de alternativas que promovam uma jornada de trabalho mais equilibrada, permitindo que os trabalhadores desfrutem de mais tempo para suas vidas pessoais.
“Algumas vezes, a escala atual de trabalho impõe uma sobrecarga física e emocional nos trabalhadores, afetando negativamente sua saúde e suas relações familiares”.
Para que a proposta se concretize, avaliou Vianna, será necessário haver um amplo debate no Congresso.
“[É preciso] promover um debate amplo e transparente sobre o tema, envolvendo representantes dos trabalhadores, empregadores e especialistas em direitos trabalhistas, para que sejam apontadas soluções viáveis e justas que melhorem as condições de trabalho no Brasil”.
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Proposta
Erika disse que a PEC foi apresentada em parceria com o vereador eleito Rick Azevedo (Psol-SP), líder do Movimento VAT (Vida Além do Trabalho) que já colheu mais de 1,5 milhão de assinaturas a favor da proposta.
“Com a minha articulação no Congresso e a pressão política nas redes, muitos deputados têm se movimentado para assinar a PEC, e ela está avançando rápido, numa velocidade acima da média”, afimou Erika.
De acordo com ela, a escala e jornada são possíveis, pois a atual é “desumana”.
“Deu certo onde foram aplicadas, e representariam um salto em qualidade de vida da população nunca visto em um país em desenvolvimento. Isso, conforme os estudos e exemplos disponíveis, sem causar danos à economia, inclusive podendo potencializá-la, gerando mais empregos e reduzindo a desigualdade”.
Foto: divulgação