Os empresários Sérgio Bringel, do grupo empresarial Bringel, André Becil, Edson Ignácio e os advogados Lino Chíxaro, ex-deputado estadual do Amazonas, e Josenir Teixeira estariam entre os presos pela operação Cashback, desdobramento da operação Maus Caminhos, realizada na manhã desta quinta, dia 11, em Manaus.
Murad Abdel Aziz, empresário e irmão do senador Omar Aziz (PSD), estaria foragido. A operação esteve em sua casa no Parque das Laranjeiras nesta manhã, mas ele não estaria no local.
O ex-deputado federal Sabino Castelo Branco (PTB) é um dos investigados e só não teve ação executada contra si por estar internado em hospital de São Paulo desde agosto de 2017, quando sofreu acidente vascular cerebral (AVC).
Os nomes não foram confirmados pelos delegados da Polícia Federal, que alegaram norma interna para não divulgar a identificação de pessoas presas nas operações.
Quem foi preso hoje será transferido para o sistema prisional do estado, segundo o superintendente da Polícia Federal, Alexandre Saraiva. Ele falou que as prisões são temporárias.
Documento a que o BNC Amazonas teve acesso aponta quais foram os alvos das prisões preventivas e temporárias autorizadas pela Justiça Federal. Desses nomes, dez foram presos. Outros seis mandados ainda estão em andamento.
Confira:
De acordo com o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, outras fases da Maus Caminhos podem acontecer a partir das provas que forem produzidas das buscas e apreensões realizadas hoje.
A operação foi realizada em conjunto com agentes da Receita Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU).
Veículos e outros bens patrimoniais foram sequestrados pela operação, assim como recursos em bancos foram pedidos o bloqueio. Esse valor alcançaria, preliminarmente, R$ 40 milhões.
A investigação da Cash Back é sobre desvio de recursos públicos do setor de saúde do Governo do Amazonas por meio de superfaturamento na contratação de serviços e aquisição de produtos e equipamentos.
Segundo a Polícia Federal, as investigações apontam crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato e outros.
“Alguns dos investigados vendiam essa influência e tinham lucro com o esquema”, disse o delegado Teixeira sobre político que estaria sendo preliminarmente investigado.
Há, segundo a coordenação da operação, fraudes na realização de pagamentos superfaturados aos empresários, quem em contrapartida devolviam parte do valor recebido. Em um desses contratos, de R$ 552 milhões, a fraude teria sido de R$ 140 milhões.
Foto: BNC Amazonas