Ex-secretário de Saúde do Amazonas é bola da vez na CPI da covid
Marcellus Campelo vai ser questionado pelos senadores sobre o colapso na saúde do estado, principalmente do episódio de falta de oxigênio

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 12/06/2021 às 17:40 | Atualizado em: 12/06/2021 às 17:47
A próxima sessão da CPI da covid, na terça (15), deve render alto índice de audiência no país, como vem acontecendo com o trabalho dos senadores. Nesse dia vai ser interrogado o ex-secretário de Saúde do Amazonas (SES-AM) Marcellus Campelo.
Como o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), decidiu não comparecer à CPI, amparado por habeas corpus do STF, Campelo deve ser bastante questionado pelos senadores.
Ele não era o titular quando estourou a primeira edição da operação Sangria, da Polícia Federal, em 2020. Essa ação mirou suposta compra superfaturada de respiradores na primeira onda da covid (coronavírus).
Contudo, Campelo era o secretário na tragédia da falta de oxigênio em Manaus, principalmente, no início deste ano. Como há muito disse-me-disse, desmentidos e versões conflitantes quanto às responsabilidades pela crise, a CPI vai buscar esclarecer esse episódio que levou vários amazonenses à morte.
Os principais interessados nas explicações de Campelo são os senadores da base de Bolsonaro na comissão.
Marcos Rogério (DEM-RO), por exemplo, diz que o ex-secretário terá de dar vários esclarecimentos. Como o colapso da saúde no estado no começo deste ano. O senador é um dos autores da convocação de Campelo. O outro é Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
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Prisão contestada
Além desses pontos, o ex-secretário de Saúde vai ter oportunidade de se defender sobre sua prisão por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foi na semana passada, quando a Polícia Federal executou a quarta fase da operação Sangria.
Campelo alegou que o motivo de sua prisão, supostos pagamentos pelo aluguel de prédio particular para instalar hospital de apoio a pacientes da covid, não procede. Segundo ele, o prédio foi requisitado pelo governo, e não alugado. Portanto, não teria havido pagamento.
Também foi acusado de favorecer empresários na contratação de serviços para funcionamento do hospital. Campelo, igualmente, nega.
Como resultado das investigações, a CPI aprovou a quebra de sigilos telefônico e telemático de Campelo.
Com informações da Agência Senado
Foto: Divulgação/Secom