Folha dá a Arthur oportunidade de defender a Zona Franca de Manaus

O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio Neto (PSDB), ganhou nova oportunidade de defender a Zona Franca de Manaus, na conferência promovida pelo jornal Folha de São Paulo. Ele abriu a fala, nesta segunda-feira, dia 24, protestando contra a ausência de representante oficial do Ministério da Economia no debate. Arthur fez questão de lembrar que, durante […]

24/06/2019 16:32

O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio Neto (PSDB), ganhou nova oportunidade de defender a Zona Franca de Manaus, na conferência promovida pelo jornal Folha de São Paulo. Ele abriu a fala, nesta segunda-feira, dia 24, protestando contra a ausência de representante oficial do Ministério da Economia no debate.

Arthur fez questão de lembrar que, durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (PSL) mostrou-se favorável a respeito do fortalecimento da ZFM.

Na comparação dos Polos Econômico de São Paulo e Industrial de Manaus, ele disse: “Eu choraria de luto se nós perdêssemos a indústria automobilística, mas o Brasil continuaria sua vida normal. Viriam outras empresas para cá (São Paulo) e o País se refaria do golpe duro. Agora, o Brasil não pode perder a floresta amazônica, e nos sustentáculos da floresta está a atividade econômica produzida pela ZFM, o que sustenta cerca de 80% da economia da região”, declarou.

O prefeito de Manaus ressaltou que a floresta é protegida pela Zona Franca e que ela jamais será desmontada, e que se houvesse necessidade de se desmatar por troca de atividade agropastoris, haveria tensão diplomática, pois o mundo todo tem os olhos voltados para Amazônia.

“Imagine se a Alemanha fosse dona da floresta, qual o tamanho da prioridade que ela daria a ZFM, ao troco de prioridades pequenas e mesquinhas de vários governos no Brasil”, criticou.

Arthur apontou como os maiores problemas hoje para o fortalecimento da Polo Industrial de Manaus, a questão de hidrovias e os aeroportos.

Em crítica ao “Plano Dubai” proposto pelo Governo Federal, através do Ministério da Economia, que trata da “exploração mineral racional”, Arthur disse: “Não somos estúpidos que deixar de ganhar dinheiro” e que há uma série de questões ambientais que precisam ser levadas em conta, que poucos economistas conhecem a Amazônia de fato, e lhes falta humildade para aprender com quem a conhece.

Seminário discute o fortalecimento da ZFM

O seminário sobre a Zona Franca de Manaus teve, por objetivo, debater alternativas para promover o crescimento econômico na região amazônica

Segundo o professor da Faculdade de Estudos Sociais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maurício Brilhante de Mendonça, que também participou do evento, o crescimento econômico não pode estar desalinhado com a questão do crescimento das pessoas que vivem na região.

Para ele a principal alternativa para o crescimento da Zona Franca de Manaus é a própria ZFM.

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