O presidente Jair Bolsonaro reagiu, neste sábado, dia 27, a um trecho da entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou o governo de “bando de maluco”. Para Bolsonaro, “pelo menos não é um bando de cachaceiros, né?”, e que grande parte (dos cachaceiros) está presa ou processada.
Condenado e preso na Operação Lava Jato, Lula fez a crítica em entrevista aos jornais El País e Folha de S. Paulo , autorizada pela Justiça e realizada na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o petista cumpre a pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A entrevista foi publicada também pelo Estadão.
Bolsonaro afirmou considerar um erro da Justiça a autorização para a entrevista (na foto, Bolsonaro com a garotinha Yasmin da polêmica em escola de Brasília ).
“Olha eu acho que o Lula, primeiro, não deveria falar. Falou besteira. Maluco? Quem era o time dele?”, perguntou o presidente. Ele mesmo respondeu: “Grande parte está preso ou está sendo processado. Tinha um plano de poder onde, nos finalmentes, nos roubaria a nossa liberdade, ok?. Eu acho um equívoco, um erro da Justiça ter dado direito a dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena”.
Previdência
Sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro afirmou que a proposta “não pode ser desidratada”.
Segundo ele, se o texto aprovado pelo Congresso Nacional representar uma economia abaixo de R$ 800 bilhões isso será o mesmo que “retardar a queda do avião”.
Bolsonaro fez o comentário ao abordar críticas do presidente da comissão especial que analisa a proposta de emenda à constituição (PEC) da reforma, o deputado Marcelo Ramos (PR-AM).
O parlamentar afirmara que Bolsonaro prejudica a reforma ao falar dela.
Na quinta-feira, o presidente disse a jornalistas, durante café da manhã no Palácio do Planalto, que uma economia de R$ 800 bilhões seria um ponto de inflexão positivo na economia.
Um valor abaixo, na sua avaliação, poderia levar a uma crise como a da Argentina. A proposta original da equipe econômica, porém, previa mais de R$ 1 trilhão de economia ao governo.
O presidente argumentou, ainda, que existe uma relação de respeito mútuo entre ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e disse que todos os brasileiros dependem da ação conjunta de ambos.
Bolsonaro observou que pretende conversar com o deputado (Maia) a respeito de declarações dele sobre seus filhos, associados por Maia a “loucuras” do governo.
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Foto: Marcelo Camargo/ABr