Fux: “Supremo não permitirá ‘desconstrução’ da operação Lava Jato”

Em sua palestra no evento do CNJ, o presidente do STF, Luiz Fux, discorreu sobre o combate à corrupção nas instituições públicas. 

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 26/11/2020 às 17:40 | Atualizado em: 26/11/2020 às 17:40

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou, nesta quinta-feira (26), que a corte não permitirá a “desconstrução” da operação Lava Jato. 

Nessa direção, Fux (foto) citou, como um primeiro passo, sua proposta de levar votações ao plenário, conforme publicação do G1. Destacou, por exemplo, em levar a plenário todos os inquéritos e ações penais relacionados à operação em trâmite no Supremo. 

A proposta foi aprovada, contudo, por unanimidade pelos demais ministros do tribunal em sessão administrativa. Antes, porém, esses tipos de processo eram analisados nas turmas da corte. 

O ministro participou, na manhã desta quinta-feira, da abertura do 14º Encontro Nacional do Poder Judiciário.

O evento foi promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Fux deu, inicialmente, uma palestra sobre o combate à corrupção nas instituições públicas. 

O presidente do STF disse, nesse contexto, que na Itália, durante a operação Mãos Limpas, houve uma campanha de descrédito. E que o alvo fora o Poder Judiciário. Assim sendo, a mesma situação não pode acontecer no Brasil.

A operação italiana realizou, contudo, uma série de investigações sobre uma enorme rede de corrupção na década de 1990. 

“O Supremo Tribunal Federal não permitirá que haja a desconstrução da operação Lava Jato. Todas as ações penais e todos os inquéritos — o primeiro ato praticado por mim, não quero nenhum louvor, estou apenas dando esse esclarecimento —, todas as ações penais e todos os inquéritos passarão pela responsabilidade do plenário porque o STF tem o dever de restaurar a imagem do país a um patamar de dignidade da cidadania, de ética e de moralidade do próprio país”, afirmou Fux. 

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Foto: Ubirajara Machado/CNJ