O ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, tem reunião marcada com o governador Amazonino Mendes (PDT) na próxima terça-feira, dia 26.
É a primeira vez que Giuliani vem a capital depois que sua empresa de consultoria em segurança pública foi contratada por R$ 5 milhões para prestar serviços ao Governo do Amazonas.
O próprio Amazonino confirmou a viagem do norte-americano em discurso na manhã desta quinta-feira, dia 21, no evento de entrega de 141 viaturas para as polícias civil e militar.
“Ele [Giuliani] tá chegando dia 26 [de junho]. E para cá vem gente do Peru, Argentina, Bolívia e governadores de outros estados”, informou o governador completando que “o Amazonas vai ter honra de sediar e fomentar o primeiro programa efetivamente técnico-científico de combate à criminalidade”.
Oposição capenga
Ainda em seu discurso, Amazonino chamou a oposição de “capenga” pelas críticas à consultoria estrangeira na área de segurança pública.
“Não adianta essa oposição capenga ficar criticando. É um absurdo você criticar tecnologia. É como se você tivesse em casa luz de lamparina e, de repente, viesse luz elétrica e você dissesse ‘não, ninguém quer isso não’.
Perto do fim de sua mensagem aos secretários, deputados, prefeitos do interior e demais presentes, Amazonino reafirmou que sua idade não pesa em sua administração.
“Vocês tem um governo novo, moderno, jovem, comandado por um velho. Mas um velho que pensa, um velho moderno”, ressaltou.
Continuidade
O Amazonas é o segundo estado brasileiro a receber consultoria da Giuliani Security & Safety. Em 2009, o ex-prefeito de Nova York assinou contrato o governador Sergio Cabral (MDB) do Rio de Janeiro para ajudar na segurança da capital que foi palco de alguns jogos da Copa do Mundo de 2014 e sediou as Olimpíadas em 2016.
O êxito da contratação milionária do escritório norte-americano para atuar em terras amazonenses depende, e muito, da continuidade das ações.
A história recente do Ronda no Bairro, programa de segurança pública criado pelo então governador Omar Aziz (PSD) e que registrou redução histórica nas estatísticas de crimes e homicídios por 15 meses seguidos em Manaus, teve seu alto investimento e efetividade jogados no lixo por José Melo, que assumiu o governo em abril de 2014.
O programa foi descontinuado e hoje o estado volta a figurar entre os mais violentos do país.