Extremistas detidos após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro se queixam de superlotação, “comida ruim”, mau cheiro e outros problemas nas celas do Complexo Penitenciário da Papuda e da Penitenciária Feminina de Brasília, popularmente conhecida como Colméia.
As reclamações foram levadas por advogados dos vândalos à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) .
Segundo o defensor público da Tutela Coletiva de Presos do Núcleo de Execuções Penais, Felipe Zucchini, os extremistas estão em celas separadas dos demais detentos na Papuda e da Colméia . No entanto, mesmo essas unidades estão superlotadas .
“Se considerado o número de camas disponíveis, que em regra são 8 por cela, esta seria a quantidade ideal para ninguém dormir no chão. Nas visitas recentes se registrou a presença de 16 a 22 nessas celas. Importante destacar que em outras unidades da Papuda, como o CIR (Centro de Internamento e Reclusão), é comum encontrar celas com mais de 22 pessoas, muitas vezes há mais de 30 pessoas em espaços semelhantes”, contou. O problema se repete na Colméia, onde há casos de celas com 16 detentas.
Nem todas as cadeias contam com vaso sanitário convencionais e, de acordo com a versão dos defensores dos acusados de praticar atos terroristas, muitos são obrigados a fazer necessidades fisiológicas em instalações no chão dos cubículos.
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“A maioria não tem vaso de concreto. Quanto ao mau cheiro, apesar de não ser perceptível nas inspeções por quem passa pelos corredores, há muita reclamação por parte daqueles que são obrigados a dormir próximo a ele pela falta de espaço para todos os colchões no chão”, disse o defensor.
Banhos frios
Em praticamente todos cubículos os chuveiros têm apenas água fria. Os golpistas ainda se queixam de colchões finos, baixa qualidade dos itens fornecidos para limpeza e higiene pessoal, e dificuldade de acessar medicamentos.
“A alimentação tem sido o principal objeto de reclamação. Quanto às marmitas (almoço e janta), há queixas sobre a falta de sabor, gosto ruim, mau cozimento e outras como a impossibilidade de identificar a espécie de proteína moída fornecida. Recentemente, colheram-se relatos que diziam que a comida era indigesta, o que fez com que muitas pessoas deixassem de comer e descartassem boa parte dos alimentos. Eles também querem uma maior quantidade de frutas”, completou.
Leia mais na matéria de Francisco Dutra no portal Metrópoles
Foto: reprodução