Governo pede e Senado aprova R$ 6,4 bilhões para enfrentar covid

O governo vai socorrer pequenas empresas com crédito, e famílias com ações de renda básica como o auxílio emergencial, a expansão do Bolsa Família entre outras

governo, senado, aprova, bilhoes, covid

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 10/02/2021 às 20:43 | Atualizado em: 10/02/2021 às 20:43

O governo federal pediu autorização do Senado para tomar empréstimos e teve a resposta nesta quarta-feira (10). Foram aprovadas duas mensagens do poder Executivo no plenário. A primeira no valor de US$ 200 milhões ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A cifra equivale a R$ 1,074 bilhão no câmbio do dia. A segunda mensagem é no valor de US$ 1 bilhão, o equivalente a R$ 5,4 bilhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). 

De acordo com a mensagem do governo, o primeiro empréstimo é para crédito a pequenas e médias empresas que estão endividadas por causa da pandemia do coronavírus (covid19). 

Já o segundo empréstimo é para ações de renda básica emergencial como o auxílio emergencial, a expansão do Bolsa Família, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda e o Seguro-Desemprego. 

Dessa forma, o governo acena com recursos para o enfrentamento da segunda onda do ataque da doença no país. Agora, os dois textos vão à promulgação, conforme a Agência Senado.

Leia mais:

Congresso pressiona pela volta do auxílio e Bolsonaro dá sinais de recuo

 

O senador Carlos Viana (PSD-MG) foi o relator da MSF 2/2021, mensagem da Presidência da República que trata da autorização desse empréstimo — o texto foi aprovado pelo Senado nos termos do Projeto de Resolução do Senado (PRS) 11/2021. 

De acordo com Carlos Viana, as condições financeiras do empréstimo são as usualmente praticadas pelo Bird. 

“Geralmente apresentam condições mais favoráveis do que as oferecidas pelas instituições privadas domésticas ou internacionais. A presente operação de crédito com o Bird incorpora juros vinculados à Libor de seis meses, mais spread de 0,8% ao ano”, disse ele.

Reembolso 

Esses recursos contratados junto ao Bird deverão ser alocados no Ministério da Economia e no Ministério da Cidadania, para serem destinados a ações de reembolso de despesas já efetuadas no âmbito do programa. 

De acordo com o texto aprovado, o prazo de desembolso vai até 31 de dezembro de 2022. Já o prazo do empréstimo é de dez anos e meio, sendo cinco anos de carência.  

A amortização deverá ser realizada mediante o pagamento de 11 parcelas semestrais, consecutivas e iguais. 

Leia texto completo na Agência Senado

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado