Imazon aponta que Amazonas desmatou mais na Amazônia em junho

Iram Alfaia, de Brasília Os dados do Sistema de Alerta do Desmatamento, do Imazon, apontam o Amazonas com o maior índice de desmatamento na Amazônia em junho de 2019. Dos 801 quilômetros quadrados desflorestado, 245 foram no estado. Em comparação com junho de 2018, quando foram desmatados 366 quilômetros quadrados, houve uma redução de […]

15/07/2019 19:24

Alertas de desmatamento alcançam números históricos no trimestre

Iram Alfaia, de Brasília

Os dados do Sistema de Alerta do Desmatamento, do Imazon, apontam o Amazonas com o maior índice de desmatamento na Amazônia em junho de 2019. Dos 801 quilômetros quadrados desflorestado, 245 foram no estado.

Em comparação com junho de 2018, quando foram desmatados 366 quilômetros quadrados, houve uma redução de 33% no índice.

Os municípios de Apuí (91 km²) e Lábrea (61 km²) são os primeiros do ranking com situação crítica. O assentamento do Rio Juma é o mais desmatado no estado com 77 quilômetros quadrados. Foram encontrados destruição da floresta em outros assentamentos como Acarí, Antimary, Monte, Curuquete e Aripuanã-Guaripa.

Ainda aparecem no ranking os municípios amazonenses de Novo Aripuanã (38 km²) e Boca do Acre (20 km²).

Segundo o boletim, o desmatamento ocorreu no Amazonas (30%), Pará (26%), Rondônia (19%), Mato Grosso (17%), Acre (5%), Roraima (1%), Tocantins (1%) e Amapá (1%).

“As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 49 quilômetros quadrados em junho de 2019, enquanto que em junho de 2018 a degradação florestal detectada totalizou 40 quilômetros quadrados, um aumento de 23%. Em junho de 2019 a degradação foi detectada em Roraima (55%), Mato Grosso (17%), Acre (10%), Pará (8%), Amazonas (6%) e Rondônia (4%).

Os especialistas explicam que desmatamento é o corte raso de árvores para conversão em pastagem e, a degradação, consiste na queimada intencional para o corte seletivo de árvore visando interesse comercial.

Segundo o levantamento, a maioria (56%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (26%), Unidades de Conservação (13%) e Terras Indígenas (5%).

Os dados revelam ainda que houve redução de 31% no índice de desmatamento em relação a junho de 2018, quando o desmatamento somou 1.169 quilômetros quadrados.

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