Leilão desastroso do pré-sal é culpa da boca de Bolsonaro, diz deputado

Serafim

Mariane Veiga

Publicado em: 07/11/2019 às 17:00 | Atualizado em: 07/11/2019 às 21:08

Observador assíduo dos movimentos da economia, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) viu como um enorme desastre o resultado do leilão do pré-sal desta quarta, dia 6. Dos R$ 106 bilhões esperados, só vieram R$ 69,8 bilhões.

E aponta que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e suas declarações são os responsáveis por isso.

“Foi um desastre porque o presidente já começou seu governo hostilizando os árabes e os chineses. Aí, depois de alguns meses, ele viu que somente os chineses e os árabes teriam dinheiro para investir. Aí fizeram toda uma agenda de viagem dele para a China e para os Emirados Árabes para ver se eles vinham para o leilão do pré-sal”, afirmou o deputado.

Serafim arrematou a causa do desempenho ruim do leilão de ontem:

“O resultado é que eles [árabes e chineses] não confiam no presidente em razão da sua instabilidade emocional e, no fim, o leilão foi da Petrobrás para a Petrobrás”.

 

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O líder do PSB na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) apontou que isso é reflexo da série de polêmicas e instabilidades do governo.

A instabilidade dos dirigentes do Rio de Janeiro, estado que sedia a bacia petrolífera do pré-sal de Campos, também contribui para a imagem negativa do país no exterior.

Ele se referia ao governador e prefeito cariocas, Wilson Witzel (PSC) e Marcelo Crivella (Republicanos, antigo PRB), respectivamente.

“A instabilidade do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é comprovada quando ele desce de um helicóptero comemorando a morte de uma pessoa como se fosse um gol da seleção. E a maluquice do prefeito que quebrou as cancelas da Linha Amarela, quando aquilo era um serviço concedido. Ora, aí os chineses e os árabes devem ter se perguntado sobre a instabilidade”, criticou.

 

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Foto: Marcelo Araújo/Divulgação