Lula no cenário político altera comportamentos, diz Sidney Leite
Sidney Leite disse que o ex-presidente Lula saiu do poder como uma das maiores avaliações populares e goza de grande prestígio político

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 12/03/2021 às 18:54 | Atualizado em: 12/03/2021 às 18:58
Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
O deputado federal Sidney Leite (PSD) disse que a volta ao cenário político do ex-presidente Lula, como potencial candidato a presidente em 2022, já está mexendo com comportamento dos seus colegas parlamentares e terá muita influência nos estados.
O parlamentar citou como maior exemplo o comportamento do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que após uma live de Lula passou a usar máscaras e defender vacina no lugar do negacionismo.
Segundo ele, o ex-presidente saiu do poder com uma das maiores avaliações populares e goza de grande prestígio político.
“Isso, como certeza, faltando um ano e meio para a eleição, causará uma acomodação no tabuleiro eleitoral e político”, disse o deputado ao BNC Amazonas.
O parlamentar, no entanto, ressaltou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin não inocentou o ex-presidente, mas anulou decisões de competências jurídicas da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde se originou a Lava Jato.
Para ele, causou estranheza o STF não ter observado antes as questões jurídicas envolvendo o caso, inclusive depois de decisão nos processos do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Comportamentos
Caso Lula mantenha seus direitos políticos, o deputado diz que haverá uma readequação de comportamento não só entre os pré-candidatos a presidente, mas no Congresso e nas eleições majoritárias nos estados.
“Não tenha dúvida de que isso ocorrerá muito em breve”, previu Leite, para quem haverá também alteração de cenários dos estados, sobretudo na região Nordeste, onde o ex-presidente tem grande influência política.
“Não tenho dúvida de que isso também vai influenciar na tomada de decisão de vários colegas no Congresso Nacional”, finalizou.
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados – 3/3/2021