Senadora “Moro de Saia” é cassada por vender suplência nas eleições 2018

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 10/12/2019 às 21:36 | Atualizado em: 10/12/2019 às 22:16
Atualizada às 22h15
A senadora Juíza Selma Arruda (ex-PSL, agora no Podemos) teve o mandato cassado na noite desta terça-feira, dia 10, pela Corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ela era acusada de caixa dois e abuso do poder econômico, durante as eleições do ano passado.
Conhecida como Moro de Saia por causa do forte discurso contra a corrupção durante sua candidatura ao cargo, a parlamentar foi denunciada por omitir de sua prestação de contas um contrato mútuo no valor de R$ 1,5 milhão celebrado entre ela e seu primeiro suplente Beto Possamai (PSL).
Esse valor, segundo o processo, coincide com o total de dois cheques emitidos pelo primeiro suplente para quitar despesas no período pré-eleitoral, quando ela ainda não era formalmente candidata.
Entre essas despesas estava a contratação de empresa de pesquisa e de marketing para produção de vídeo, jingles e fotos antes do início oficial da campanha, o que a legislação proíbe.
A decisão do TSE alcança Possamai e a segunda suplente da chapa, Clerie Fabiana Mendes, e determina que o Tribunal Regional de Mato Grosso (TRE-MT) convoque nova eleição para o preenchimento da vaga aberta.
Prisão em segunda instância
A senadora Juíza Selma Arruda recentemente teve um embate com o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), que ironizou a posição da ex-magistrada, processada nesse caso, por ter assumido relatoria do projeto de prisão em segunda instância e haver se manifestado pela execução da pena em segunda instância.
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Foto: Divulgação/Agência Senado