O Ministério Público Federal (MPF) quer o afastamento imediato de Silvinei Vasques do cargo de diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A solicitação foi feita ao Tribunal Regional Federal da 2º Região (TRF-2). Como informa o Ig/Último Segundo.
Sobretudo, o agente tornou-se réu por improbidade administrativa nesta sexta-feira (25) .
Contudo, Vasques está de férias, por isso ainda não foi afastado do cargo pela decisão proferida pelo juiz José Arthur Diniz Borges, da 8º Vara Federal do Rio de Janeiro.
Em um trecho da decisão no dia 18 de novembro, o juiz diz:
Tendo em vista que o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal encontra-se com afastamento legalmente instituído para usufruto de férias no período de 16/11/2022 a 06/12/2022 nos termos de informação prestado a este Juízo pela Direção de Gestão de Pessoas da Polícia Rodoviária Federal (e-mail de evento 5 assinado pela Diretora de Gestão de Pessoas Substituta da DGP/PRF), postergo a apreciação da cautelar requerida para após a vinda da contestação.
Então, o MPF recorreu e alegou que as competências do cargo ocupado por Vasques ultrapassam o ambiente físico de trabalho.
Dessa forma, o órgão completou dizendo que o fato de Silvinei estar de férias não faz com que ele deixe de ser diretor-geral da PRF.
O diretor-geral não deixa de ser diretor-geral porque está em férias; não deixa de ter ascendência sobre seus comandados, especialmente numa organização policial fardada; não deixa de ter o poder de causar temos reverencial , diz o documento assinado pelo procurador Eduardo Santos de Oliveira.
Da mesma fora, Eduardo acrescenta:
“Deve-se estar atento, ainda, que no patamar tecnológico em que nos encontramos, as relações de poder desenvolvem-se não apenas nos espaços físicos de convivência, mas, também, quiçá com mais vigor, nos ambientes digitais das redes sociais e privadas”, acrescentou Eduardo.
Portanto, ontem (25), a 8ª Vara Federal do Rio atendeu a um pedido do MPF e tornou réu o diretor-geral da PRF Silvinei Vasques.
Dessa maneira, ele responderá por improbidade administrativa por ter pedido votos em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil