Em alta com o comando, Omar deve presidir comissão importante

Publicado em: 04/02/2019 às 13:53 | Atualizado em: 04/02/2019 às 13:53
Louvado como um dos principais credores da vitória que rifou o MDB de Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM), Kátia Abreu (TO) e Jáder Barbalho (PA) do comando da casa, o senador Omar Aziz (PSD-AM) está em alta cotação com o novo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Em todas as citações do nome de Omar, Alcolumbre atribui ao senador do Amazonas uma importância fundamental nas articulações junto ao colegiado para sua vitória.
“Omar Aziz foi um entusiasta da minha candidatura desde o início. Foram [ao lado de Plínio Valério (PSDB)] firmes durante toda a caminhada. A vitória só foi possível porque acreditaram. Serei eternamente grato”, disse Alcolumbre ao programa “Manhã de Notícias”, de Ronaldo Tiradentes, nesta segunda.
Omar, que deixa a liderança do PSD depois de articular nos bastidores para que sua bancada apoiasse o voto aberto na eleição na casa, deve ser o indicado de Alcolumbre para dirigir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma das três mais importantes do Senado.
Pela CAE passam as principais demandas econômicas do país, principalmente de estados e municípios em busca de recursos e aprovação para contrair financiamentos.
Além disso, como presidente da CAE, Omar se coloca em uma posição estratégica para as pautas de interesse da Amazônia e das regiões Norte e Nordeste, principalmente a Zona Franca de Manaus (ZFM).
O modelo de desenvolvimento enfrenta forte resistência do governo federal, representada pela política ultraliberal do Ministério da Economia, cujo titular, Paulo Guedes, tem repulsa por incentivo fiscal.
“Ele [Alcolumbre] sabe da nossa realidade, esteve conosco, e espero que com ele tenhamos a garantia, a força”, disse Omar, avaliando a importância da eleição do senador do Norte para comandar o Senado.
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Vexame emedebista
O senador do PSD evitou traçar maiores comentários sobre o vexame proporcionado pelos senadores do MDB, em destaque o seu par do Amazonas, Eduardo Braga, e o candidato desistente Renan, além de Kátia Abreu (TO) e Jáder Barbalho (PA), que se retiraram do plenário e não votaram depois do vexame nacional que proporcionaram desde a sexta, dia 1º.
“Um movimento que não passou uma boa impressão à sociedade”, se limitou a dizer Omar.
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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado