O Amazonas entrou na fase vermelha (risco alto) na transmissão do novo coronavírus. De acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), a taxa atingiu 2,04 hoje (26). Isso significa que cada grupo de 100 infectados pode transmitir o vírus para 204 pessoas.
Seguindo o planejamento de contingência contra o coronavírus, a Secretaria de Saúde (SES-AM) afirmou que reorganiza a rede para fazer frente à demanda de pacientes enquanto procura atender também outras doenças.
Conforme o titular da SES, Anoar Samad, o atendimento de pacientes fora da covid continua. “Isso é difícil, pois em duas ondas de covid-19 muitos pacientes ficaram com cirurgias e exames atrasados, filas imensas se formaram”.
Samad acrescentou que, nos últimos seis meses, filas de ginecologia, proctologia, cirurgia de pterígio, foram praticamente zeradas. “Não queremos perder isso. Estamos conseguindo equilibrar esses leitos, mas se for preciso, no futuro, vamos virar as chaves”.
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Além da ativação de 56 leitos de enfermaria de covid no hospital Delphina Aziz , o governo disse que mantém leitos de retaguarda nos hospitais Getúlio Vargas e Nilton Lins.
Como resultado dessa prevenção, o plano de contingência não aponta necessidade de novas medidas de restrição, segundo o governo.
Indicadores
Conforme levantamento feito pela FVS-RCP, a média móvel de casos de covid-19 por dia de diagnóstico, no período entre 1º e 25 de janeiro, apresentou alta de 582% nos últimos 14 dias; e de 74% nos últimos sete dias. Além disso, o monitoramento da SES mostra aumento de 481% nas hospitalizações, tendo a covid-19 como causa primária em janeiro, no comparativo com dezembro de 2021.
Em relação aos óbitos, o aumento foi de 85% nos primeiros 25 dias de 2022, em relação ao mês anterior.
Foto: Diego Peres/Secom