Oposição pede que TCU investigue gasto de Bolsonaro com marketing

Governo Bolsonaro teria desembolsado ao menos R$ 85,9 mil com cachês de influenciadores para defender tratamento precoce contra covid

Nesta quarta-feira (07), o chefe do Palácio do Planalto disse estar preocupado com “problemas sociais gravíssimos” durante o pleito. Ele cobrou informações sobre efetivo para conter uma suposta crise.

Mariane Veiga

Publicado em: 01/04/2021 às 12:56 | Atualizado em: 01/04/2021 às 13:16

Os líderes dos partidos de oposição pediram hoje que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue o presidente Jair Bolsonaro pelo gasto de R$ 1,3 milhão com ações de marketing com influenciadores em defesa do tratamento precoce contra o coronavírus (covid-19).

Especialistas afirmam que não existe tratamento precoce para a doença.

Os partidos, representados por seus líderes, pediram que o TCU investigue todas as circunstâncias relacionadas ao pagamento.

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‘Influenciadores’ recebiam dinheiro do governo para defender ‘tratamento precoce’

Segundo reportagem da Agência Pública, ao menos R$ 85,9 mil foram destinados ao pagamento de cachês de 19 influenciadores.

“É um absurdo que o Governo Federal siga patrocinando campanhas publicitárias que incentivam o suposto tratamento precoce, prática amplamente contestada pelo meio científico, sem nenhum tipo de comprovação acerca da sua eficácia”, diz o texto.

O pedido da oposição também classifica o gasto do governo como “inadmissível”.

O grupo pediu também que sejam aplicadas as medidas cautelares cabíveis “para a proteção dos direitos fundamentais do povo brasileiro”, e ainda que sejam identificados e punidos os responsáveis pelo gasto.

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Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República