A PGR (Procuradoria-Geral da República) foi acionada pelo PSOL para investigar o presidente Jair Bolsonaro sobre o envolvimento dele em esquema das chamadas “rachadinhas”.
Segundo gravações de Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro, indicam a entrega de salários de assessores na época em que ele era deputado federal.
A informação foi divulgada pela colunista do UOL Juliana Dal Piva.
Nesse sentido, as chamadas “rachadinhas” configuram crime de peculato. Ou seja, quando funcionários públicos, que integram o gabinete do político, entregam parte do salário aos que os nomearam.
Dessa maneira, as gravações reveladas pelo UOL indicam que Bolsonaro participava diretamente do esquema e que chegou a demitir funcionários que se recusavam a entregar parte dos salários à família.
Por outro lado, a líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (RJ), afirmou estarem “cada vez mais evidentes os desvios envolvendo a família Bolsonaro”.
Leia mais
Reportagens
Além do mais, em três reportagens publicadas hoje na coluna da jornalista Juliana Dal Piva, o UOL mostra gravações que revelam o que era dito no círculo íntimo e familiar do presidente.
A primeira reportagem mostra que familiar que não quis devolver valor combinado do salário foi retirado do esquema.
A segunda reportagem revela que, dentro da família Queiroz, Jair Bolsonaro é o verdadeiro “01”.
Já a terceira reportagem descreve como recolher salários não era uma tarefa exclusiva de Fabrício Queiroz.
Assim, a ex-cunhada do presidente diz que um coronel da reserva do Exército atuou no recolhimento de salários da ex-cunhada de Jair Bolsonaro. Isso, no período em que ela constava como assessora do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Contudo, ao ser informado sobre as gravações de Andrea Siqueira Valle, o advogado Frederick Wassef, que representa o presidente, negou ilegalidades e disse que existe uma antecipação da campanha de 2022.
Portanto, segundo o UOL, no documento encaminhado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, os nove deputados federais do PSOL afirmam que as “matérias e gravações implicam o presidente Jair Bolsonaro diretamente no esquema de corrupção das rachadinhas”.
Leia mais no UOL .
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil