Plínio Valério contra Bolsa-Família e aumento real do salário mínimo
O texto foi aprovado ontem pelo placar de 64 a 16, no primeiro turno, e de 64 a 13, no segundo turno. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados
Neuton Correa
Publicado em: 08/12/2022 às 07:27 | Atualizado em: 08/12/2022 às 09:01
O senador Plínio Valério (PSDB) foi o único parlamentar da bancada do Amazonas no Senado que votou contra a PEC 32/2022, a chamada PEC da transição.
O texto foi aprovado nesta quarta-feira (07/12) pelo placar de 64 a 16, no primeiro turno, e de 64 a 13, no segundo turno. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.
A PEC libera R$ 145 bilhões para o governo Lula, fora do teto de gastos, pelo prazo de dois anos.
Entre outras coisas, a proposta prevê a manutenção do Bolsa-Família em R$ 600, a garantia de continuidade do programa Farmácia Popular e reajuste do salário mínimo acima da inflação.
Bolsonaro previa orçamento de R$ 405 do Auxílio Brasil, já para janeiro.
Além desses três itens, o valor autorizado pela PEC prevê ainda a remada de obras, estagnadas no governo Bolsonaro.
Contudo, em sua fala durante a votação da proposta, Plínio Valério seguiu discurso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente. Este disse que só votaria na PEC, caso ela estivesse abaixo de R$ 100 bilhões.
Para justificar seu voto contrário ao Bolsa-Família, Valério disse:
“Eu votaria sem o menor problema e já teria aprovado, relator, ontem. Mas não! Querem mais: querem cada vez mais dinheiro”.
E acrescentou:
“O PT está pedindo muito além do que é necessário!”.
Ainda em seu discurso, o tucano mostrou estar ciente de que seria alvo de críticas por causa de seu voto.
“Eu sei que vão dizer que quem votou contra, votou contra o Auxílio Brasil. Faz parte isso. Faz parte. O homem público que tem medo de calúnia e difamação não tem que ser homem público. Portanto, não há o que temer nesta tribuna aqui”.
Votos favoráveis
Os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) votaram a favor da PEC 32.
Fonte: Agência Senado
Foto: Agência Senado