O futuro da indústria produtora de bens intermediários na Zona Franca de Manaus (ZFM) vai ser decidido em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 3 de outubro. Nessa data está em pauta o recurso extraordinário 592.891, da Nokia.
A informação foi divulgada nesta quarta, dia 26, pelo deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).
Segundo ele, o assunto é um conflito entre a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e a Receita Federal que já dura mais de 50 anos.
“Há 51 anos a Suframa diz que, ao aprovar projetos em Manaus para produzir componentes (quando esses componentes forem vendidos para fora de Manaus para integrar um outro produto final), ele gera crédito de IPI [Imposto de Produtos Industrializados]. Já a Receita Federal, há 50 anos diz que não, que não gera crédito”.
Serafim disse que o julgamento da questão já foi adiado por cinco vezes. “Esse processo é de relatoria da ministra Rosa Weber, que votou favoravelmente à ZFM. Depois, os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso também votaram favoravelmente. Na sequência, o ministro Teori Zavascki pediu vista, e, lamentavelmente, meses depois veio a falecer”.
Por dois votos
De acordo com o deputado, depois disso o processo saiu de pauta e foi distribuído para o ministro Alexandre de Moraes . Houve várias tentativas frustradas de levar o assunto de volta à pauta, o que não aconteceu por ele não ter sido considerado como prioridade.
“O ministro Dias Toffoli foi eleito presidente do STF e, na primeira pauta elaborada por ele, incluiu o processo para o dia 3 de outubro”, disse.
O recurso é o quinto item na pauta de julgamento do STF, e precisa de mais dois votos para ser aprovado.
Para Serafim, a questão é de relevância para o futuro da ZFM e por isso afirma que é necessária a mobilização de autoridades do estado, como o governador, o superintendente da ZFM (Suframa), secretários, Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
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