Presidente da Unimed Manaus é deposta e até delator cai

A presidente da Unimed Manaus, Corina Batista Viana, foi destituída na noite desta quinta, dia 15, do cargo. Também foi deposto da função o médico Fernando Mattos, presidente do conselho de administração da cooperativa, delator da denúncia que derrubou Corina. Além deles, todos os membros do conselho de administração, formado por sete médicos, foram derrubados. A decisão foi tomada pelo […]

15/12/2017 07:06

A presidente da Unimed Manaus, Corina Batista Viana, foi destituída na noite desta quinta, dia 15, do cargo. Também foi deposto da função o médico Fernando Mattos, presidente do conselho de administração da cooperativa, delator da denúncia que derrubou Corina.

Além deles, todos os membros do conselho de administração, formado por sete médicos, foram derrubados.

A decisão foi tomada pelo conselho fiscal da Unimed Manaus, em assembleia geral realizada na noite desta quinta, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM).

A partir de agora, a cooperativa, que vive um de seus piores momentos da sua existência, será comandada por uma junta governativa, da qual faz parte o médico Jesus Pinheiro, ex-secretário de saúde de Manaus.

Essa comissão funcionará por um período de 30 dias e terá como principal missão convocar eleições para escolha dos novos dirigentes da organização.

Surpresas

Para médicos que participaram da assembleia, a surpresa foi a destituição de Fernando Mattos, que, segundo eles, gravou denúncias contra a gestão de Corina, mas que, no entanto, não as sustentou, e acabou destituído junto com a presidente.

A gestão de Corina Batista vem enfrentando críticas públicas desde agosto, quando o médico Sérgio Ferreira Filho divulgou uma carta, revelando a existência de uma dívida de R$ 260 milhões com o fisco federal e a previdência.

Na ocasião, a Unimed Manaus contestou a informação.

Em novembro, porém, o conselho fiscal da cooperativa confirmou a existência de dívidas milionárias e estranhou a subtração de R$ 252 milhões de uma dívida de R$ 534,1 milhões que constam em balanços financeiros da cooperativa, fato que Corina não soube explicar, segundo o colegiado.

Foi essa dívida, chamada de “incongruente” pelo conselho fiscal, que provocou a convocação da reunião de ontem e que resultou na queda de Corina e de toda a sua diretoria e conselheiros.

Leia mais