Projeto político disfarçado de serviço prestado por sócio de Lulinha

Os e-mails foram apreendidos pela Polícia Federal na 69ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Mapa da Mina, que mirou os negócios entre a Oi e empresas ligadas a Lulinha.  

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Publicado em: 01/02/2020 às 09:00 | Atualizado em: 01/02/2020 às 01:49

Durante as investigações da operação Lava Jato, emails que foram apreendidos mostram que, dentro da Oi, a subcontratação da empresa de um dos sócios de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), para prestar serviços à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2012 era vista como “projetos políticos com o governo” e não deveria ser tratada como uma “prestação de serviços tradicional”. Lulinha é o filho primogênito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A publicação está na revista Veja.  

A reportagem que mostra correspondências eletrônicas entre funcionários da empresa telefônica indicam ainda que, depois de ter recebido pagamentos da prefeitura no âmbito de um contrato público, a Oi foi cobrada pela gestão do então prefeito, Eduardo Paes, a acelerar repasses de recursos à Gol Mobile, controlada por Jonas Suassuna, sócio de Lulinha.  

As mensagens mostram também que a firma de Suassuna sequer havia sido formalmente subcontratada pela Oi para executar serviços em dois contratos firmados entre a prefeitura e a operadora. 

Os e-mails foram apreendidos pela Polícia Federal na 69ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Mapa da Mina, que mirou os negócios entre a Oi e empresas ligadas a Lulinha.  

Entre as suspeitas dos investigadores está a de que o dinheiro usado na compra do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, veio destas empresas, que receberam 132,2 milhões de reais da telefônica entre 2004 e 2016. 

Suassuna pagou 1 milhão de reais por uma parte da propriedade; o empresário Fernando Bittar comprou outra parte por 500.000 reais. 

Bittar é irmão de Kalil Bittar, sócio de Lulinha no grupo Gamecorp, que também tinha negócios milionários com a Oi. 

Confira no texto de Veja outros desdobramentos dos negócios do filho do ex-presidente. 

 

Foto: Reprodução/Bahia Ligada