A declaração do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre os ataques de 8 de janeiro gerou forte reação de partidos progressistas e movimentos sociais.
O PT, o Psol e o MST criticaram duramente a fala do deputado, que minimizou o caráter golpista dos atos. Além disso, reforçaram a luta pelo fim do projeto de lei que prevê anistia para os que atestam contra a democracia.
Gilmar Mauro, dirigente do MST, chamou a declaração de Motta de “absurda” e afirmou que a classe trabalhadora combaterá permanentemente qualquer tentativa de golpe. Ele também alertou sobre os riscos políticos.
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) considerou a fala “gravíssima”. Para ela, o objetivo do centrão e da extrema direita é aprovar a anistia e mudar a lei da Ficha Limpa.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, reforçou a necessidade de defender a democracia e rejeitar qualquer tipo de perdão aos envolvidos nos ataques. Além disso, ela destacou que a Justiça já decidiu.
Por sua vez, Lindbergh Farias (PT-RJ) foi ainda mais enfático. O parlamentar lembrou que havia um plano de assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, revelado pelas investigações.
Ademais, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de Janeiro, afirmou que as provas confirmam a tentativa de golpe. Ela apontou Bolsonaro como responsável pelos ataques.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro elogiou a postura de Hugo Motta. Ele celebrou a disposição do deputado em discutir a anistia e classificou a pauta como “humanitária”.
Entretanto, a declaração do ex-presidente foi ironizada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP). Ele lembrou as ações de Bolsonaro na pandemia e o acusou de tentar um golpe.
Consequentemente, a polêmica em torno de Hugo Motta expôs as divisões no Congresso. Enquanto setores minimizam os ataques, a oposição exige punição e reforça a defesa da democracia.
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Foto: divulgação