O deputado federal Marcelo Ramos (PSD) fez dura cobrança ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), sobre uma posição em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro.
Ramos ocupou a vice-presidência da Câmara e foi destituído do cargo por Arthur Lira. O deputado amazonense tem se posicionado publicamente contra Bolsonaro e saiu do PL logo depois da filiação do presidente.
Aliado de Bolsonaro, Lira não fez comentários sobre os ataques do presidente que colocam em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
“A fala firme, corajosa e responsável do presidente do Senado em defesa da democracia e das eleições, torna ainda mais ensurdecedor o silêncio cúmplice do presidente da Câmara, que cada vez mais se afasta do dever do cargo com o Brasil e se agarra nos seus interesses pessoais”, criticou o deputado amazonense.
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Na volta do recesso parlamentar, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a democracia e expressou sua confiança nas urnas eletrônicas e na Justiça Eleitoral.
“As eleições existem para assegurar a legitimidade do poder político, pois o resultado das urnas é a resposta legítima da vontade popular. Legitimidade que deve ser reconhecida, assim que proclamado o resultado das urnas”, disse Pacheco.
Ataque
Nesta quinta-feira (4), Bolsonaro prosseguiu nos ataques durante reunião com pastores da Assembleia de Deus de São Paulo.
Ele sugeriu que fosse adotado um modelo de apuração de votos semelhante ao da Mega Sena.
Sem citar nome, o presidente voltou a atacar ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defendeu a participação das Forças Armadas no processo eleitoral.
“Três do TSE acreditam piamente nas pesquisas do Datafolha. Estou fazendo minha parte no tocante a isso. Estou buscando impor, via Forças Armadas, que foram convidadas, a nós termos eleições transparentes”, disse.
Foto: divulgação